Balanço

Netflix (NFLX34) perde assinantes; confira desafios da gigante do streaming

Empresa apresentou balanço do primeiro trimestre e CEO da Catarina Capital explica cenário desafiador

19 ABR 2022 • POR Redação Spacemoney • 18h56
Foto: freestocks.org/ Pexels

Nesta terça-feira (19), a Netflix (NFLX34) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2022. A plataforma de streaming perdeu 200 mil assinantes no período, contra 3,98 milhões de novos usuários no mesmo intervalo do ano passado.

Anteriormente, a plataforma chegou a afirmar a seus acionistas que esperava um encremento de 2,5 milhões de assinantes líquidos durante o primeiro trimestre. Números que foram frustrados.

Segundo a empresa, a suspensão do serviço na Rússia e o encerramento de todas as assinaturas pagas no país resultaram na perda de 700 mil assinantes. Excluindo esse impacto, a empresa teria adicionado 500 mil assinantes a seu serviço.

A Netflix também registrou uma receita no primeiro trimestre que chegou US$ 7,78 bilhões, abaixo dos US$ 7,93 bilhões projetados pelo mercado.

Em release de resultados, a plataforma comentou que o alto número de contas compartilhadas por um mesmo login e o aumento da concorrência são obstáculos para o aumento de receita.

Para Thiago Lobão, CEO da Catarina Capital, a Netflix está aprendendo "na marra", em um momento de crise, que o negócio de financiar toda a cadeia de produção de conteúdo realmente torna dificil a tentativa de fechar a conta.

"Netflix viu a necessidade de aumentar o preço em diversas geografias para coviver com uma queda de usuários, intensificada pelo efeito Rússia-Ucrânia. Esse aumento de preços faz com que a empresa mantenha uma perpesctiva positiva de receita, mas na casa de um dígito apenas", o que fica muito aquém da realidade de uma empresa como a Netflix, avalia Lobão.

Ele destaca que, pela primeira vez, o relatório emitido ao mercado trouxe como meta a manutenção de um teto de endividadmento como forma de enfrentar o cenário de turbulência."A empresa passa a deixar de mirar crescimento para tentar defender uma margem, com o desafio de um modelo que despende muito capital. Netflix está tentando fazer a conta fechar e provar que seu negócio para em pé, mesmo com um crescimento acanhado, impactado por um contexto de crise".

No entanto, mais do que a crise instalada pela guerra na Ucrânia, o que mais tem impactado a Netflix, na opinião de Lobão, é um ambiente competitivo muito mais agressivo.

"Em linhas gerais, é um cenário desafiador, que deve ter um respingo importante na queda expressiva amanhã entre as plataformas de streaming. O pior não é a queda de usuários, mas as perspectivas de que o cenário não tende a melhorar a curtíssimo prazo e que a meta da empresa que, até então priorizava crescimento, agora tem sido defender uma margem em um momento turbulento", finaliza.

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