MRV (MRVE3): BTG reitera recomendação de compra, apesar de resultados operacionais fracos do 1T22

O consumo de caixa de R$ 834 milhões foi maior que o esperado, avalia o banco

As vendas líquidas da MRV (MRVE3) totalizaram R$ 1,52 bilhão no primeiro trimestre de 2022, compostas pelas entradas de R$ 1,49 bilhão nos segmentos de baixa renda (programa Casa Verde e Amarela) e de média renda (marcas Sensia e Class) e de R$ 27 milhões da Urba.

O total do indicador veio 6% abaixo do que a empresa anunciou sobre o mesmo período do ano passado e 12% abaixo do que esperava o BTG. Analistas do banco consideram que os resultados apresentados foram fracos, com lançamentos e vendas em linha com as projeções, mas com uma grande queima de caixa.

O consumo de caixa de R$ 834 milhões foi maior que o esperado, avalia o BTG.

As operações de CVA apresentaram queima de caixa de R$ 354 milhões, uma vez que a MRV realizou compras antecipadas de materiais de construção para evitar o aumento da inflação - o que vai aumentar muito a alavancagem, diz o BTG.

Enquanto isso, a MRV construiu 8.681 unidades (-6% a/a) e transferiu recebíveis de 8.788 unidades (-17% a/a) para bancos.

Resultados operacionais fracos no 1T22; Compra (1,0x P/VP)

O curto prazo para desenvolvedores de baixa renda parece desafiador, principalmente com pressões de margem, avalia o BTG. Mas as operações da MRV nos EUA estão em bom ritmo de crescimento, e compensam parcialmente os impactos do curto prazo.

O BTG reiterou sua reclassificação de compra para MRV (1,0x P/VP), com preço-alvo de R$ 23,00. Por volta das 11:15, as ações MRVE3 caíam 1,34%, a R$ 11,01.