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XP Investimentos eleva projeção para Ibovespa em 2022

XP elevou o preço alvo do Ibovespa de 123 mil para 130 mil pontos até o final do ano

1 ABR 2022 • POR Redação Spacemoney • 10h40
B3 - Paulo Whitaker/Reuters

A XP Investimentos atualizou seu preço-alvo do Ibovespa, devido a estimativas de Lucro por Ação (LPA). Assim, a XP elevou o preço do principal índice da B3, a bolsa brasileira, de 123 mil para 130 mil pontos para 2022.

Em relatório assinado pelos estrategistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebeca Nossig, a XP explica que o valor justo para o Ibovespa é calculado como uma média de três metodologias: um modelo de Fluxo de Caixa Descontado, que atualmente assume um Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) de 11,3%; um modelo P/L alvo, que assume um múltiplo de 9x, ainda abaixo da média histórica de 11x, e modelo de EV/EBITDA de 6,0x, também abaixo da média histórica de 6,5x.

Os estrategistas destacam que o forte ingresso de fluxo estrangeiro para o Brasil continua.  Até agora, a entrada líquida acumulou R$ 92,7 bilhões, ante R$ 102 bilhões que entraram no ano todo de 2021. 

O alto nível das taxas de juros locais atua como um amortecedor para a moeda brasileira e melhoram o retorno em dólares para os investidores estrangeiros. Dessa forma, esperam que os fluxos externos continuem nos próximos meses.

Bolsa brasileira continua barata

"Continuamos vendo as ações brasileiras sendo negociadas em níveis atrativos de valuation, em Preço/Lucro (P/L) projetado de 7,5x, um desconto de -33% em relação à média dos últimos 15 anos em 11,2x. Além disso, vemos riscos de alta para o lucros do Brasil, o que pode fazer as ações brasileiras parecerem ainda mais baratas", ressalta o relatório.

Se as expectativas de LPA (Lucro por Ação) para 2022 aumentarem em 10%, o P/L futuro estaria mais próximo de 7x. Também é importante notar, segundo os estrategistas da XP, que a valorização do Ibovespa ex-commodities é menor, ou seja, não é mais apenas para commodities que a valorização da bolsa brasileira é atrativa.

"Olhando para os diferentes setores, vemos que alguns negociam a múltiplos mais baratos ou caros em relação às suas próprias médias históricas. Vemos que os setores de Tecnologia, Saúde, Consumo Discricionário e Indústria negociam com o Preço/Lucro acima dos últimos anos, enquanto Materiais e Energia – as commodities – estão abaixo, ou seja, negociam em patamares bastante atrativos".

Por fim, o Prêmio de Risco para ações brasileiras, que compara seu rendimento com as taxas de juros reais, mostra que as ações brasileiras estão baratas mesmo considerando o alto nível das taxas de juros locais. O nível atual de Prêmio de Risco está em 7,9%, superior à média histórica de 4,6%.

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