Renda fixa: onde encontrar os melhores rendimentos reais com a Selic a 11,75%?
Projeções realizadas pelo Yubb apontam atual rentabilidade de investimentos; poupança chega a rendimento negativo
17 MAR 2022 • POR Redação Spacemoney • 12h46Com a taxa Selic elevada a 11,75%, conforme decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na última quarta-feira (16), muitos investidores estão em busca das melhores opções. E a principal pergunta é qual investimento vai render mais?
Para saber o impacto desta medida na renda fixa, o Yubb, buscador de investimentos, realizou um levantamento com projeções dos principais ativos. As debêntures saem na frente. Já a poupança fica com rendimento real no negativo.
Confira o levantamento completo:
Rendimento Bruto
Rendimento Líquido
Rendimento Real
Poupança nova*
6,17%
6,17%
-0,26%
Poupança antiga*
6,17%
6,17%
-0,26%
Tesouro Selic
11,65%
9,32%
2,70%
CDB banco médio
13,40%
10,72%
4,01%
CDB banco grande
8,74%
6,99%
0,51%
LC
13,98%
11,18%
4,45%
LCA*
11,42%
11,42%
4,67%
LCI*
11,77%
11,77%
4,99%
RDB
14 48%
11,59%
5,89%
Debênture Incentivada*
13,28%
13,28%
6,42%
Inflação para 2022 baseada no Relatório Focus de 14 de março de 2022 (6,45%). As rentabilidades dos títulos de renda fixa privada são uma média do que é ofertado pelo mercado
ContextoBernardo Pascowitch, fundador do Yubb, explica que o novo aumento da Selic acompanha o movimento de aperto da política monetária brasileira.
"A pressão inflacionária já era uma realidade por conta da retomada da atividade econômica após a pandemia, mas a guerra na Ucrânia impulsionou esse cenário ao trazer uma grande valorização do petróleo, que é a principal commodity do mundo e grande responsável pelo aumento dos custos nas cadeias globais de suprimentos e distribuição", explica.
Nesse sentido, segundo ele, com uma elevação ainda maior dos juros globais, há uma deterioração dos investimentos de renda variável e maior atratividade de títulos de renda fixa pública e privada.
Pascowitch alerta que o desafio do investidor nesse panorama é se atentar à rentabilidade dos investimentos para conseguir escolher rendimentos superiores à inflação, e assim não perder poder de compra.
"Buscar, comparar e pesquisar são atitudes fundamentais para quem investe. E qualquer negligência fará com que o investidor perca poder de compra em um cenário global bastante desafiador", conclui.