Ações da Ecorodovias (ECOR3) sobem após resultados do 4T21; Veja o que os analistas pensam

BTG e XP divergem sobre indicação

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Após divulgar o seu balanço do quarto trimestre, as ações da Ecorodovias (SA:ECOR3) sobem nesta tarde. Os números trouxeram reações mistas do mercado, que não ficou completamente satisfeito com o Ebitda da concessionária.

Às 14h22, os papéis subiam 2,22%, a R$ 6,46.

Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), os resultados da Ecorodovias ficaram acima do esperado, apesar de não haver grandes surpresas. A receita líquida proforma foi de R$ 873 milhões, um avanço anual de 5%, como esperado pelo banco.

Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 545 milhões, um recuo de 1%, mas ainda assim 11% acima das projeções do banco.

O Ebitda, porém, foi impactado negativamente por ajustes pontuais, como R$ 50 milhões referente a acordos de não persecução civil (ANPC) e registro de passivo na Eco101, e outros R$ 31 milhões de reversão de provisões de manutenção, destaca o BTG.

Esses efeitos, juntos com uma correção monetária, fez com que o lucro líquido ficassem em R$ 10 milhões, quando em eles, teria somado R$ 70 milhões.

A pressão dos custos também foi relevante para o desempenho do Ebitda, segundo a XP (SA:XPBR31), que considerou os resultados da Ecorodovias como neutros.

A corretora também comenta sobre com a alavancagem da companhia passou de 3,1x a Dívida Líquida/Ebitda no 3T21 para 3,3x no 4T21, principalmente por obrigações contratuais com a Ecovias do Araguaia.

A notícia positiva é que o Tráfego comparável está 1,0% acima de 4T19 e a Ecorodovias tem sólidas perspectivas de liquidez, com posição de caixa de R$ 2,3 bilhões no ano de 2021, aumentada em R$ 1,9 bilhões com debêntures emitidas em março de 2022, resultando em uma disponibilidade de caixa de R$ 4,2 bilhões, segundo a XP.

O BTG recomenda a compra das ações da Ecorodovias, com preço-alvo em R$ 17, enquanto a XP mantém uma indicação neutra.