Comportamento

Empresas sem ações concretas em ESG correm risco de perder 49% dos investidores, diz PwC

79% dos mais de 360 investidores ouvidos afirmam que a prática de ESG impacta as tomadas de decisão de investimentos, aponta o estudo PwC Global ESG Survey

21 DEZ 2021 • POR Redação SpaceMoney • 14h48
Getty Images

O crescimento das práticas ESG no mundo e, principalmente, nas empresas chega também ao planejamento dos investidores.

De acordo com o estudo “PwC Global ESG Survey”, 79% dos mais de 360 investidores ouvidos afirmam que a prática de ESG impacta as tomadas de decisão de investimentos. Quase metade (49%) afirmam que pretendem retirar recursos de empresas sem ações reais em ESG.

Os participantes do estudo são gestores de ativos, analistas de grandes empresas e bancos de investimento e corretoras.

Para 82%, o ESG deve estar diretamente ligado às estratégias de negócios das companhias. Para 66% dos participantes, o responsável pelas políticas e estratégias ESG deve ser um executivo com cargo de alto nível e de grande responsabilidade, como o CEO da empresa - que deveria estar à frente dessas ações na avaliação de 53% dos entrevistados.

No topo das prioridades em ESG, os investidores ouvidos pela firma colocaram a redução das emissões de carbono como o grande destaque (65%), seguido de oferecer um ambiente seguro de trabalho (44%) e promover diversidade e inclusão nas equipes e nas diretorias.

"Ter uma estratégia ESG bem definida, com ações concretas e informações bem detalhadas e divulgadas ao mercado são fundamentais hoje e ainda mais nos próximos anos, quando os investidores estarão cada vez mais atentos a tudo que as empresas estão fazendo no âmbito socioambiental", afirma Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil.

Sacrifício válido

A maioria dos participantes do estudo (75%) afirma que vale sacrificar a lucratividade de curto prazo em prol das questões ESG.

“Essas descobertas devem dar algum conforto às empresas que poderiam temer uma eventual crítica por parte de investidores diante de reduções no lucro por ação”, completa Colombari.

Por outro lado, um percentual parecido, 81%, afirma que só estaria disposto a aceitar um corte de um ponto percentual ou menos no retorno do investimento. Quase metade, 49%, não está disposto a aceitar qualquer redução.

A pesquisa apontou também que um terço dos investidores avaliam a qualidade das informações divulgadas sobre ESG como boas o suficiente, entretanto há uma lacuna importante nessas informações, o que dificulta uma avaliação clara sobre as performances ESG das companhias e torna a decisão de investimentos mais difícil.

Os investidores ouvidos pela PwC disseram ainda que querem ajudar as companhias nesse engajamento na jornada ESG, mesmo que seja com seu poder de voto e, se necessário, vendendo seus ativos.

Veja a pesquisa completa no link.

Com informações de CDI Comunicação.

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