Aumento de 8,2%

Receita da Xiaomi fica abaixo das expectativas em meio à intensa concorrência; ações caem

Companhia chinesa gera a maior parte de seus ganhos com a venda de smartphones

24 NOV 2021 • POR Investing.com • 13h50
Fachada Xiaomi - Reprodução

Por David Ho, da Investing.com - A chinesa Xiaomi Corp (HK:1810)  (OTC:XIACY) anunciou na terça-feira (23) um aumento de 8,2% nas receitas do terceiro trimestre. Analistas comentam que o desempenho ficou abaixo das expectativas e foi atribuído à concorrência com os fabricantes de smartphones rivais.

As ações caíram 6,96%, cotadas a 19,26 HKD (US$ 2,47).

A Xiaomi gera a maior parte das suas receitas com a venda de smartphones. Ela afirmou que sua receita com smartphones aumentou 0,4%, para CNY 47,8 bilhões (US$ 7,49 bilhões) nos período de três meses até 30 de setembro.

No entanto, as remessas de smartphones caíram 5,8% ao ano no terceiro trimestre, alcançando 43,9 milhões de unidades. A escassez global de chips foi citada como o motivo da queda.

O presidente da Xiaomi, Xiang Wang, disse em uma teleconferência de resultados que a empresa está "trabalhando duro" para garantir o fornecimento para aparelhos 4G em mercados internacionais.

Ele espera que a escassez dure até o primeiro semestre do ano que vem. Wang ainda acredita, porém, que a Xiaomi "manterá um crescimento muito elevado" em 2022.

As vendas gerais subiram para CNY 78,06 bilhões no terceiro trimestre de 2021, mas ficaram aquém da estimativa de mercado de CNY 79,20 bilhões da Refinitiv.

A Xiaomi conseguiu ampliar sua participação no mercado da China depois do recuo da rival Huawei Technologies Co Ltd devido ao impacto de sanções. No entanto, recentemente, a empresa tem enfrentado concorrência acirrada das campeãs de venda Oppo e Vivo, bem como da marca Honor, oriunda da cisão da Huawei.

A Honor ultrapassou a Xiaomi e alcançou a terceira maior participação no mercado chinês de smartphones no trimestre de julho a setembro, segundo a Canalys, empresa de análise de mercado.

As encomendas da Xiaomi na China cresceram apenas 4% no ano a ano no período, disse a Canalys. Ainda assim, suas vendas gerais de smartphones no país caíram 5%.

A Xiaomi contra-atacou concentrando-se no varejo de lojas físicas. No mês passado, a empresa abriu sua loja de número 10.000 na China. O objetivo é triplicar o número nos próximos dois a três anos.

A empresa afirmou em março que gastaria US$ 10 bilhões para entrar no mercado de veículos elétricos (VEs). Ela espera agora iniciar a produção em massa de VEs no primeiro semestre de 2024.

A Xiaomi também gera receitas com a venda de anúncios online e outros tipos de hardware para consumidores. Sua unidade de serviços de internet, que gera caixa principalmente através de anúncios em diversos aplicativos, saltou 27% no ano.

Excluindo-se os ganhos e perdas pontuais, a Xiaomi obteve lucros de CNY 5,18 bilhões, em grande parte em linha com a média das expectativas dos analistas, de CNY 5,09 bilhões.

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