Inflação de alimentos em SP é 10% mais alta para classe mais vulnerável, aponta Fipe

Elevação do preço das carnes é um dos principais responsáveis pelo aumento

A inflação dos alimentos na cidade de São Paulo é praticamente 10% mais alta entre as classes com renda familiar mais baixa, segundo dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

De acordo com esses dados, nos 12 meses até outubro deste ano, os preços dos alimentos entre famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos (R$ 1.100 a R$ 3.300) tiveram alta de 14,26%.

Já na faixa de renda de até 8 salários mínimos (R$ 8.800), a inflação dos alimentos foi de 12,98% no mesmo período.

Um dos motivos que explica a inflação mais alta é a recente elevação nos preços das carnes, afirma o economista Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe, em entrevista ao UOL.

“Há alguns itens específicos que tiveram comportamentos acentuados. Em especial, no grupo de semielaborados, as carnes chamaram atenção. As proteínas têm um peso grande neste grupo de 1 a 3 salários mínimos. A carne bovina subiu muito, mas também a carne de frango”, explica.

Os dados da fundação mostram como que a alta nos preços das carnes nos 12 meses até outubro impactou nas três faixas de renda:

1 a 3 salários mínimos

Carnes bovinas: +21,61%

Carnes suínas: +0,08%

Aves: +38,45%

3 a 8 salários mínimos

Carnes bovinas: +21,28%

Carnes suínas: +0,30%

Aves: +37,65%

Mais de 8 salários mínimos

Carnes bovinas: +21,47%

Carnes suínas: +0,67%

Aves: +38,12%.

*Com informações do UOL Economia