Disparada do ouro

Ouro tem terceiro dia de alta próximo às máximas de setembro

Metal fecha pelo terceiro dia consecutivo na casa das máximas de setembro de quase US$ 1.830 por onça

8 NOV 2021 • POR Investing.com • 17h45

Por Barani Krishnan, da Investing.com - Será que o ouro finalmente chegou ao ponto de uma disparada?

Parece que sim, depois de o metal fechar pelo terceiro dia consecutivo na casa das máximas de setembro de quase US$ 1.830 por onça.

Mais importante, isso acontece num momento em que os rendimentos do Tesouro subiram — normalmente um fator negativo para o ouro — embora o dólar mais fraco tenha se provado um suporte para o ouro.

A questão é: será que esse movimento consegue se sustentar em meio a uma série de repiques de resistência?

"A primeira resistência é de US$ 1.835, e ela precisa ser superada de forma convincente", afirmou Phillip Streible, estrategista de metais preciosos da Blue Line Futures, de Chicago. "Estou aconselhando meus clientes a entrarem em opções para evitar que se transformem em apostadores nos futuros. Vou precisar de dois dias de fechamento na casa dos US$ 1.840 para orientá-los a comprar".

O contrato mais ativo dos futuros de ouro dos EUA para dezembro fechou em alta de US$ 11,20, ou 0,6%, a US$ 1.828 por onça.

Desde o seu último fechamento no vermelho, na quinta-feira, o ouro para dezembro avançou pouco mais de US$ 64, ou 3,6%.

Embora o ouro seja, teoricamente, uma proteção contra a inflação, ele mal fez jus a essa fama ao longo do ano passado, quando a incessante especulação quanto ao Federal Reserve será forçado a elevar as taxas de juros antes do esperado causou um rali nos rendimentos do Tesouro e no dólar, às custas do ouro.

Essa tendência desabou na semana passada, depois de o presidente do Fed, Jay Powell, ter assegurado pela enésima vez que o banco central será paciente com a subida das taxas, que só deverão ocorrer após meados de 2022 e, mais provavelmente, próximo ao fim do ano.