Mudanças à vista?

Já admitindo saída de Paulo Guedes, governo sonda nomes para Economia

Saída de secretários da pasta deixou ministro ainda mais fragilizado

22 OUT 2021 • POR Redação SpaceMoney • 12h09

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pode estar com seus dias contados no governo Bolsonaro. A cada hora que passa, a situação do chefe da equipe econômica parece estar cada vez mais insustentável.

Diante da estratégia do governo de mudar as regras do teto dos gastos públicos para abrir espaço para o Auxílio Brasil de R$ 400 e outras despesas, como o auxílio aos caminhoneiros, quatro secretários do Ministério da Economia decidiram deixar seus cargos nesta quinta-feira (22). São eles: o Bruno Funchal, ex-secretário especial do Tesouro e Orçamento; Jeferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional; Gildenora Dantas, secretária especial-adjunta do Tesouro e Orçamento; e Rafael Araújo, secretário-adjunto do Tesouro Nacional.

Interlocutores sondam nomes

Mesmo com Bolsonaro garantindo que Guedes seguirá no cargo, dois interlocutores do presidente estiveram em São Paulo sondando um nome para substituir o ministro da economia.

De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, esses interlocutores tinham autorização de Bolsonaro para fazer a sondagem.

Para os assessores próximos ao presidente, é necessário começar a avaliar nomes para substituir Guedes por duas razões: um possível pedido de demissão do próprio ministro e conselhos de uma ala do governo que tenta convencer Bolsonaro a trocá-lo, alegando que o ministro não está entregando o que prometeu.

A jornalista Julia Duailibi, da Globo, também informou que ministros da área política avaliam que Guedes perdeu credibilidade junto ao mercado.

Na semana passada, Guedes disse que desejava ficar no governo para seguir aprovando as reformas estruturais que defendeu, mas admitiu que caso fosse obrigado a tomar medidas que colocassem em risco a responsabilidade fiscal, ele não teria condições de continuar.

Saída próxima?

Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, o governo já aposta que Guedes pode deixar o cargo “atirando”, como aconteceu com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que acusou o governo de se render ao populismo.

De acordo com o aporado por Humberto, Guedes está amuado desde o último sábado (16), quando o presidente Bolsonaro o chamou e disse em tom grave: “Paulo Guedes, decidi que o valor do benefício será de 500 reais por mês, no mínimo 400. Se você não gostar, paciência. A decisão está tomada”.

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