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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira (19)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros hoje

19 AGO 2021 • POR Investing.com • 09h20
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Os mercados globais despencam e as ações dos EUA devem estender as perdas depois que a última ata do Federal Reserve (Fed) sugeriu que a autoridade monetária começará a reduzir suas compras de títulos neste ano.

Os pedidos iniciais por seguro-desemprego devem fornecer mais evidências de "progresso substancial" (ou não) em direção às metas de emprego do Fed.

Os dois maiores grupos automotivos do mundo veem a continuação das interrupções relacionadas ao fornecimento de chips, enquanto um novo estudo científico apoia a dose de reforço da vacina contra Covid-19.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta quinta-feira, 19 de agosto:

1. Aversão ao risco após ata do Fed
Os mercados de ações globais despencaram, e levaram commodities industriais com eles, à medida que a perspectiva de uma redução antecipada das compras de ativos pelo Federal Reserve desencadeou uma forte reprecificação do risco em todo o mundo.

O índice do dólar, que acompanha o dólar em relação a uma cesta de seis moedas do mercado desenvolvido, subiu para seu maior patamar desde novembro, enquanto os preços do petróleo caíram ao seu nível mais baixo desde maio.

A maior carnificina foi reservada para Minério de Ferro, que caiu 12% em Singapura quando a China cortou suas metas de produção de aço em um esforço para reduzir as emissões de carbono, o que deve impactar negativamente a cotação das ações da Vale (SA:VALE3) na B3.

Outras commodities de metais básicos também tombaram.

Os mercados de ações dos EUA devem estender as perdas de quarta-feira quando abrirem às 10h30.

Por volta das 8:48, Dow Jones Futuros, S&P 500 Futuros e Nasdaq 100 Futuros despencavam respectivamente 0,9%, 0,83% e 0,67%.

O EWZ, fundo de índice que mede o desempenho das ações brasileiras em Wall Street, caía 2.73% no pré-mercado.

2. Pedidos iniciais por seguro-desemprego vão mostrar progresso 'substancial'?
Os nervos do mercado adicionarão um tempero extra ao lançamento dos números dos pedidos iniciais por seguro-desemprego dos EUA às 9h30.

Espera-se que as solicitações iniciais tenham caído para uma nova mínima pós-pandemia para 363.000, de 375.000 na semana passada.

Os números são os dados mais recentes do mercado de trabalho, que tem sido a principal causa de preocupação do Fed nos últimos meses - pelo menos até o relatório de emprego de julho, quando o Payroll mostrou uma criação de quase 1 milhão de postos de trabalho.

A ata do Fed, divulgada na quarta-feira, sugeriu que a maioria dos dirigentes da autoridade monetária avaliava que havia progresso suficiente na restauração do emprego para começar a reduzir a taxa de compra de títulos já este ano.

3. Avanço dos trâmites do 5G no Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) formou maioria para aprovar as regras do edital para o leilão de 5G. O julgamento não terminou apenas porque o ministro Aroldo Cedraz fez um pedido de vista e a votação foi adiada para a próxima semana.

O texto foi articulado de forma a criar um meio termo na disputa entre EUA e a empresa chinesa Huawei, acusada pelos estadunidenses de espionagem. Desde o governo Trump, os americanos pressionam parceiros internacionais, como o Brasil, a banirem a Huawei para garantirem a segurança das informações.

O discurso anti-China e alinhado ao de Trump por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) colocava em risco a participação da empresa chinesa na licitação pelo 5G no Brasil.

Porém, a decisão do TCU permite que a Huawei entre no certame, ainda que preveja uma rede separada para o governo brasileiro, a qual a companhia de tecnologia asiática não poderia administrar.

4. Estudo comprova eficácia de 3ª dose
Um importante estudo do Reino Unido mostrou que a eficácia das vacinas Covid-19 em interromper a doença desaparece mais rapidamente do que se pensava, o que fortalece o argumento científico para as vacinas de reforço planejadas pelos governos dos EUA e do Reino Unido.

O estudo, liderado pela Universidade de Oxford, descobriu que a eficácia da vacina Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) / BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) caiu pela metade em quatro meses após a segunda injeção ter sido efetuada. A

proteção da vacina AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34) degradou-se a uma taxa ligeiramente mais lenta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) continua veementemente contra aos planos da dose de reforço, e diz que é mais importante levar vacinas para partes do mundo onde as taxas de vacinação inicial ainda são baixas.

5. Gigantes do setor automotivo enfrentam mais interrupções no chip
O impacto da última onda da pandemia ficou evidente em um relatório que dizia que a Toyota (NYSE:TM) (SA:TMCO34) será forçada a cortar sua produção para 40% abaixo dos níveis planejados em setembro.

A Toyota tem extensas operações na Tailândia, onde a disseminação do vírus explodiu nos últimos dois meses, e, assim, levou muitas fábricas a suspender a produção.

De acordo com uma reportagem da Nikkei, o maior grupo automotivo do mundo também luta contra a escassez de chips, uma surpresa negativa, visto que a empresa - há muito considerada a melhor gestora da cadeia de suprimentos do setor - escapou em grande parte dos problemas da disponibilidade do chip no primeiro semestre.

Enquanto isso, na Europa, a Volkswagen também esperava que a disponibilidade do chip permanecesse volátil nos próximos meses. As ações da Toyota caíram mais de 4% no comércio local, enquanto as ações preferenciais da VW caíam 1,9%.

O outro lado da escassez de chips também ficou evidente nos resultados da Nvidia (NASDAQ:NVDA) (SA:NVDC34), divulgados na noite de quarta-feira. A empresa disse que espera aumentar os preços de seus chips de jogos em particular, graças ao rápido crescimento dos jogos online.

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