Nike recua com alerta da S&P de que empresa pode ficar sem tênis do Vietnã

Por aqui, o BDR da companhia (SA:NIKE34) operava em alta de 0,2%

Por Dhirendra Tripathi, do Investing.com – As ações da Nike (NYSE:NKE) caíam 1,8% por volta das 16h05 (horário de Brasília) de segunda-feira, com o alerta da S&P (NYSE:SPGI) de que a interrupção da fabricação no Vietnã por parte de dois de seus fornecedores pode aumentar as interferências na cadeia de produção com as quais a empresa teve que lidar.

Por aqui, o BDR da companhia (SA:NIKE34) operava em alta de 0,2%.

As ações também caíam em meio a preocupações mais amplas do mercado de que a variante delta poderia estagnar a retomada da economia global.

Em 14 e 15 de julho, a Reuters publicou que Chang Shin e Pou Chen, os principais fornecedores vietnamitas da Nike, tinham interrompido a produção devido às restrições impostas pela Covid-19, que atingiram as fábricas na cidade de Ho Chi Minh e nas áreas comerciais no seu entorno.

O ressurgimento do coronavírus, principalmente em sua variante delta, vem assolando várias partes do mundo, incluindo os EUA, o Reino Unido, partes da Europa e da Ásia. As paralizações de fábricas e as restrições de atividades ao ar livre retornaram em muitos desses lugares.

Dados da Panjiva, uma linha de negócios da S&P Global Market Intelligence, apontam que o Vietnã representou 49% das importações marítimas dos EUA ligadas à Nike e seus produtos no segundo trimestre de 2021.

"No entanto, houve um novo foco na China, com importações em alta de 54,6% ano a ano no segundo trimestre de 2021 sendo o principal impulso no aumento de 12,5% no total de importações ligadas à empresa", Christopher Rogers, pesquisador sênior da Panjiva, escreveu em um artigo de blog no website global da S&P.

As importações da Nike oriundas do Vietnã são lideradas por calçados, que representaram 82% das remessas nos 12 meses até 30 de junho, como salientou Rogers.