Projeção

Ipea revisa PIB do Agro de 2,2% para 2,6% em 2021, mas alerta para riscos com a crise hídrica

Segundo a entidade, os destaques vão para os crescimentos da produção vegetal (2,7%) e da produção animal (2,5%)

23 JUN 2021 • POR Redação SpaceMoney • 12h27
Sharath G/Pexels

Nesta quarta-feira (23), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou os dados da nova projeção do valor adicionado do setor agropecuário para o ano de 2021. Segundo os pesquisadores, a previsão de crescimento do PIB para o setor passou de 2,2% para 2,6% na comparação com o ano passado.

Segundo o levantamento, os destaques vão para os crescimentos da produção vegetal (2,7%) e da produção animal (2,5%).

De acordo com a entidade, o que motivou a revisão para cima foi a melhora no resultado esperado de itens importantes tanto na produção vegetal como animal no ano. No entanto, os principais riscos dessa projeção de crescimento estão relacionados à crise hídrica, que pode prejudicar mais do que o previsto a produção vegetal, e ao segmento da pecuária de bovinos, que ainda tem incertezas relativas à oferta e à demanda.

Produção vegetal

Na produção vegetal, para o qual se projeta crescimento de 2,7% no ano, as quedas esperadas na produção de importantes culturas, como o café (-21,0%), algodão (-19,7%), milho (-3,9%) e cana de açúcar (-3,1%), não são suficientes para comprometer o bom desempenho geral da agricultura sustentada nas altas da produção de soja (9,4%), do arroz (2,8%) e do trigo (27,9%).

Produção animal

Na produção animal, para a qual se espera alta de 2,5% no ano, há projeção de crescimento da produção de todos os segmentos: bovinos (0,9%), suínos (6,8%), aves (6,5%), leite (3,2%) e ovos (2,3%).

Apesar de positivo, o desempenho da carne bovina ficou aquém do esperado, porém compensado pela forte alta de suínos e aves.

"A produção de suínos e frangos foi impulsionada pelo aumento do consumo em substituição ao da carne bovina, que permanece com preço elevado e oferta limitada de animais para abate", explicou Pedro Garcia, um dos autores do estudo e pesquisador associado do Ipea.

Riscos

No caso da produção vegetal, a ocorrência de choques climáticos adversos no Centro-Sul e a possibilidade de adoção de medidas restritivas ao uso da água para a lavoura - em função da necessidade de poupar o recurso para a geração de energia hidroelétrica - pode afetar negativamente as estimativas para alguns produtos.

No que diz respeito à produção animal, o risco continua sendo uma possível frustração na projeção de crescimento da produção de bovinos, que pode ser impactada por uma recuperação na oferta de animais mais lenta do que o projetado.

O levantamento foi realizado com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados das Pesquisas Trimestrais do Abate, Produção de Ovos de Galinha e Leite.

Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação do Ipea.

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