Mercado de trabalho

Desemprego: 1º tri teve maior número de pessoas desocupadas desde 2012; FECAP analisa dados

IBGE aponta taxa de 14,7%

17 JUN 2021 • POR Redação SpaceMoney • 12h45
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (17), o Núcleo de Estudos da Conjuntura Econômica (NECON), da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), divulgou a nova edição do Boletim Econômico. O estudo analisou dados sobre desemprego no Brasil no 1º trimestre de 2021. O IBGE aponta a maior taxa (14,7%) e o maior número de pessoas desocupadas para o período desde o início da série histórica, em 2012.

Em relação ao último trimestre de 2020, houve um aumento de 0,8% na taxa de desocupação e um acréscimo de 880 mil pessoas na busca de emprego.

No entanto, diz o relatório "o aumento do desemprego no primeiro trimestre do ano é um efeito sazonal esperado". "Muitas vagas são abertas temporariamente, apenas para os eventos festivos do final do ano e que são fechadas no início do ano novo", completa.

Em relação ao mesmo período do ano passado, os resultados do IBGE apontam um aumento de 2,5%. Movimento explicado, segundo os analistas, "principalmente, pelas medidas de isolamento social de combate à pandemia adotadas durante este período".

Entretanto, a taxa de desemprego apresentou resultados melhores do que os esperados pelos economistas, diz o NECON. "A surpresa não parte do maior número de pessoas ocupadas, mas sim da estabilização da taxa de participação na força de trabalho".

O material aponta que a participação na força de trabalho em níveis pré-pandemia estava por volta de 62%, caiu para 54% no início da pandemia e passou a recuperar gradualmente até o último trimestre do ano passado. Desde então, o nível de participação se estabilizou em 57%.

"Existem algumas possíveis explicações para este fenômeno: a volta do pagamento do auxílio emergencial, em abril; a demora no retorno das aulas presenciais nas escolas; e um potencial aumento de desalentados", diz o relatório.

Perspectivas apontam recuperação do mercado de trabalho e da atividade em geral, com as flexibilizações das restrições de mobilidade. "No entanto, para isso, é necessário que haja um controle da evolução da pandemia no país, o que é, hoje, uma grande incerteza por conta do ritmo de vacinação".

De acordo com o NECON, isso dificulta a realização de previsões precisas. "As projeções do mercado, para a taxa de desemprego, ao final deste ano, giram entre 12,3% e 14,6%", conclui o relatório.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).

 

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