Extensão do benefício

Novo auxílio emergencial: entenda impasse com prorrogação no governo Bolsonaro

10 FEV 2021 • POR Redação SpaceMoney • 11h58

Sem uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial as classes C e D poderão perder quase um quarto da renda disponível, ou 23,8%, na comparação com o ano anterior. O dado é de um estudo da Tendências Consultoria Integrada que mostrou que o fim do benefício representa R$ 48 bilhões a menos em circulação entre os mais pobres.

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Contudo, a prorrogação do auxílio emergencial tem gerado impasse no governo. Segundo declaração do presidente Jair Bolsonaro na última segunda-feira (8), a pauta vem sendo negociada entre os ministros. O governo estuda também a criação do Benefício de Inclusão Produtiva, com pagamentos de R$ 200 por três meses para até 30 milhões de pessoas que não têm carteira assinada e estão fora do Bolsa Família.

 Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o pagamento do auxílio pode ser feito de forma excepcional e temporária, ainda que o Orçamento não seja aprovado. 

No entanto, conforme apontou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na última terça-feira (9), a ausência de "contraparte", ou seja, uma compensação com um corte de gastos ou alta de tributos, poderá resultar em alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente na mínima histórica de 2% ao ano.

O economista e sócio da BRA João Beck concorda com Campos Neto: "A gente já gastou demais, a gente nesse momento já está no limite. Se a gente romper o teto de gastos por alguma decisão da União com o Senado, o mercado ia olhar com nariz torto”.

O ministro da economia, Paulo Guedes, garante que, em caso de renovação do benefício, haverá cortes de outras despesas como forma de compensação sem furar o teto de gastos. 

A extensão do auxílio, conforme destaca Beck, também pode impactar na alta dos preços dos alimentos. Uma pesquisa realizada pelo Banco Central mostrou que o benefício elevou os preços da cesta de alimentos de quem ganha entre um e três salários mínimos. 

O estudo mostrou ainda que a inflação das famílias com renda mais baixa é maior não só porque essas famílias destinam maior fatia da sua renda na compra de alimentos, mas também porque os produtos que elas consomem apresentaram maior elevação de preços.

Com informações da Hoch Muller

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