Destaques: Bezos deixa cargo de CEO da Amazon e Wall Street deve abrir em alta

Por Geoffrey Smith. da Investing.com - Amazon e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (holding controladora do Google) apresentam resultados acima das previsões do quarto trimestre. As folhas de pagamento ADP dos EUA ficam no radar, enquanto o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, pode ser convidado para ser o próximo primeiro-ministro da Itália e a Opep se reúne para avaliar o equilíbrio do mercado mundial de petróleo.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quarta-feira, 3 de fevereiro.

1. Bezos se despede em alta

Jeff Bezos, indiscutivelmente o homem mais influente nos negócios globais nos últimos 30 anos, vai deixar o cargo de executivo-chefe da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34). Ele será sucedido por Andrew Jassy, chefe da Amazon Web Services, a divisão que responde pela maior parte dos lucros do grupo.

A sucessão simboliza como a empresa se afastou um pouco de suas raízes originais do comércio eletrônico. Bezos fez seu anúncio quando a Amazon entregou outro conjunto de resultados trimestrais esmagadores, lucrando fortemente com as tendências de compras online e trabalho remoto aceleradas pela pandemia.

A receita da empresa cresceu 44% no trimestre, enquanto o lucro mais que dobrou. As ações caíram 0,1% nas negociações de pré-mercado, talvez devido à perspectiva regulatória cada vez mais desafiadora que Jassy enfrentará.

2. O retorno do Super Mario?

Mario Draghi será convidado pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, a formar o próximo governo da Itália. Se ele concordar, espera-se que forme um gabinete majoritariamente de tecnocratas até as próximas eleições, marcadas para maio de 2023.

Draghi precisará de promessas de apoio dos principais partidos italianos, muitos dos quais o criticaram no passado por promover uma agenda de reformas defendida pela Comissão Europeia. No entanto, a alta posição nos mercados financeiros como ex-presidente do BCE deu um claro impulso aos mercados de ações e títulos italianos, que preferem a ideia de um governo Draghi à luta interna que levou ao colapso do último.

Às 9h55, horário de Brasília, o FTSE MIB subia 2,6%, enquanto o spread entre os rendimentos dos títulos de referência italiano e alemão de 10 anos recuava 10 pontos base para 105, o menor desde 2016.

3. Wall Street deve abrir em alta; Paypal, Qualcomm no radar

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta mais tarde, embora não com a energia que os levaram a registrar ganhos de mais de 1% na terça-feira (2).

Às 9h55, Dow Jones Futuros caia 0,03%, enquanto o S&P 500 Futuros avançava 0,3% e o Nasdaq Futuros tinham alta de 0,6%.

As ações em foco mais tarde provavelmente incluirão a Alphabet (NASDAQ:GOOG) (SA:GOGL34), que subiu 7,4% no pré-mercado depois de reportar lucros do quarto trimestre bem acima das expectativas, graças aos pesados gastos com anúncios durante a temporada de férias.

A lista de balanços do dia começa com um lote de empresas de ciências da vida e saúde, incluindo Biogen (NASDAQ:BIIB) (SA:BIIB34), AbbVie (NYSE:ABBV) (SA:ABBV34) e Humana (NYSE:HUM) (SA:H1UM34). PayPal (NASDAQ:PYPL) (SA:PYPL34), eBay (NASDAQ:EBAY) (SA:EBAY34), Qualcomm (NASDAQ:QCOM) (SA:QCOM34) e MetLife (NYSE:MET) (SA:METB34) reportam após o fechamento.

4. Relatório de empregos ADP no radar

O aquecimento para o relatório da folha de pagamento mensal acontece às 10h15, com a estimativa para o setor privado em janeiro da ADP.

Os analistas esperam um retorno modesto do crescimento da folha de pagamento, prevendo a criação líquida de 49 mil empregos após uma queda chocante de 123.000 em dezembro. O número refletirá as lutas de muitas empresas em permanecerem abertas durante outra onda de lockdowns para combater o coronavírus.

De madrugada, os dados finais do PMI para a China decepcionaram novamente, enquanto o PMI composto da Zona do Euro foi revisado acima das estimativas iniciais. Há uma onda de palestras do Federal Reserve no decorrer do dia, começando com o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, às 15h, e terminando com Robert Kaplan, de Dallas, às 19h.

5. Estoques da EIA, encontro da OPEP

O governo dos EUA divulgará os dados oficiais de estoque da semana passada, um dia após o American Petroleum Institute relatar uma queda surpreendentemente acentuada de mais de 2 milhões de barris nos estoques de petróleo.

Já os estoques chineses da commodity também caíram para o nível mais baixo em um ano, informou a Bloomberg.

O Comitê Técnico Conjunto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse na terça-feira que espera que os estoques mundiais caiam para a média de cinco anos até o meio do ano. Esse tem sido o objetivo quantitativo em manter a oferta fora do mercado desde que a pandemia explodiu na primavera passada.

O Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial da OPEP deve decidir contra quaisquer mudanças imediatas na produção quando se reunir posteriormente.