Ferramentas para investidores

ARTIGO - Principais fatores de um produto de sucesso na área de investimentos

14 JAN 2021 • POR Larissa Vitória • 14h43
Burak K/Pexels

*Por Cleidson França

O maior desafio de um produto voltado para a área de investimentos é conseguir descomplicar um universo que é bastante complexo: o das finanças. Encontramos no mercado diversas ferramentas que assumem que todos os investidores são experientes o suficiente para entender as informações que são exibidas para ele. São adotados muitos conceitos e jargões que a maioria não conhece a fundo, especialmente quando consideramos novos investidores, que são muitos, na Bolsa de Valores (B3), por exemplo, esse número quase dobrou em um ano, passando de 1,6 milhão para 3,2 milhões de pessoas. 

No final das contas, todos esses investidores querem obter os melhores resultados com seus investimentos, em prol de um grande objetivo, seja ele conquistar a aposentadoria dos sonhos, adquirir bens, ou mesmo ampliar o portfólio de investimentos. Portanto, é isso o que deve ser aprimorado a cada dia na construção de um produto das empresas que se propõem a facilitar a vida do investidor, para que ele, independentemente do nível de conhecimento, consiga tomar as melhores decisões e alcançar seus objetivos. 

No entanto, para essa facilidade chegar às mãos do público interessado, o maior desafio para as plataformas de consolidação de investimentos é o de se fazer conhecida. Para isso, recomendo duas estratégias, que particularmente gosto muito: a utilização de influenciadores digitais e o inbound marketing. O objetivo é a criação de conteúdo relevante para que, no decorrer da experiência, seja apresentado ao cliente como seu produto pode ajudá-lo no dia a dia.  

Além disso, é importante traduzir o dinamismo do mercado financeiro, separando o que é ruído do que de fato é relevante, sempre alinhado com o propósito do produto e as necessidades dos clientes. Não adianta correr intensamente para acompanhar o mercado e fazer mais um pouco do que todos já estão fazendo. É preciso ter um equilíbrio entre o que os clientes querem e o que realmente precisam. A partir desse ponto, nasce a inovação, como disse Steve Jobs “As pessoas não sabem o que elas querem até mostrarmos a elas”.

Outro mercado que é muito dinâmico e merece um olhar cuidadoso é o da tecnologia, pois demanda constantes atualizações. Vale voltar a atenção para as tendências e, mais uma vez, identificar o que é ruído. Podemos citar o exemplo da Kodak, que faturava bilhões e detinha grande parte do mercado fotográfico na década de 1970. A falta de inovação levou a companhia a pedir falência em 2012, e o mais curioso disso tudo é que eles criaram a primeira máquina digital do mundo, mas tiveram medo de levar ao mercado e prejudicar a venda de filmes para as máquinas analógicas. Enfim, o final da história já sabemos, por isso, as atualizações tecnológicas são imprescindíveis.

Por fim, sobre a concorrência, penso nela como uma competição saudável, que obriga a todos saírem da zona de conforto. Prova disso é que estamos vivendo um momento em que não basta somente resolver o problema do cliente, é preciso oferecer muito mais do que isso. A fidelização envolve conquistá-lo, por meio de uma experiência que faça valer a pena toda a jornada, da compra à recomendação. Então, se eu puder resumir, a palavra é experiência.

*Cleidson França é sócio-fundador e CPO do Kinvo, aplicativo consolidador de investimentos.

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