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PL para acelerar privatizações será apresentado na próxima semana

12 NOV 2019 • POR Investing.com • 18h16Investing.com - O governo irá enviar um projeto de lei (PL) ao Congresso, na próxima semana, para acelerar o programa de privatizações, confirmou o Diretor Federal de Programas de Desburocratização do Ministério da Economia, Geanluca Lorenzon, ao Investing.com. Atualmente, uma desestatização demora de dois a três anos para ocorrer e a ideia do governo é diminuir esse tempo de forma que as vendas dos ativos ocorram bem antes de 2022, quando se encerra o mandato do presidente Jair Bolsonaro. Lorenzon preferiu não dar detalhes de como será o PL, mas assegurou que o projeto será apresentado na semana que vem. “Hoje o STF [Supremo Tribunal Federal] entende que é preciso criar uma lei para desestatizar um ativo. Porém a gente entende que a legislação do PND [Plano Nacional de Desestatização] já daria conta disso”, comenta Lorenzon. Para uma estatal ser privatizada, ela também precisa ser inclusa no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), no PND e ser modelada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Só depois disso ela pode ser vendida à iniciativa privada. [better-ads type="banner" banner="47406" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1"][/better-ads] Leilão do pré-sal Lorenzon disse ainda que a frustração com os os dois leilões do pré-sal na semana passada não indica receio do investidor estrangeiro com relação ao Brasil. “O que aconteceu no leilão da cessão onerosa em si ratifica a posição que o ministro [da Economia] Paulo Guedes já tinha: a de que o modelo de partilha não é ideal”, destacou. “Eu não posso dar mais detalhes do que o governo vai propor de mudança neste modelo e nem quando isso será feito. Mas posso assegurar que nós sabemos exatamente o que precisa que ser alterado”, ressaltou. Lorezon comentou ainda que o apetite do investidor pode ser medido pelos resultados que o governo já teve este ano. Sobre isso, ele lembrou, por exemplo, da venda que a Petrobrás fez, na semana passada, da sua participação na Liquigás, ao consórcio formado por Copagaz, Itaúsa (SA:ITSA4) e Nacional Gas Butano, cuja oferta foi de R$ 3,7 bilhões. “Foi um excelente resultado”, concluiu Lorezon.