Suzano e Klabin operam com perdas com preço da celulose em queda
23 JUL 2019 • POR Investing.com • 12h09Quer investir em ações? Abra uma conta na XP Investimentos: online, rápido e grátis
A canadense Paper Excellence, a russa Ilim e a canadense Canfor já informaram que vão cortar a produção que somadas chegam a 300 mil toneladas de fibra longa. No Brasil, aponta o Valor, a Klabin decidiu prolongar a parada da unidade Puma, que pode produzir 1,5 milhão de toneladas por ano de fibra curta e longa. Para as companhias, excluindo a brasileira, a decisão está baseada na convergência entre os preços praticados no mercado e o custo marginal de produção, o que faz com que os produtores passem a operar no vermelho. Em junho, de acordo com relatório divulgado na semana passada pelo Itaú BBA, os preços de celulose de fibra curta e de fibra longa caíram entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada, nos principais mercados mundiais, e a fibra curta perdeu outros US$ 30 desde o fim do segundo trimestre. Assim, na avaliação do banco, os recentes anúncios de redução de produção podem indicar que as cotações já se e aproximam do vale deste ciclo. Na semana passada, a consultoria Foex apontou que o preço líquido da fibra curta na China teve queda de US$ 6 por tonelada, indo para US$ 516, acumulando perdas de US$ 31 desde o fim do segundo trimestre. Já a fibra longa perdeu US$ 4 no mesmo mercado, para US$ 569. Para a Mirae Asset, o cenário e a expectativa dos preços da celulose que não se recuperem no curtíssimo prazo, as ações da SUZB3 e KLBN11, tem tido uma variação bem inferior à do Ibovespa. A corretora espera uma normalização e adequação do setor ao longo do segundo semestre e início de 2020. Outro ponto que tem afetado é a valorização do Real x dólar. A recomendação é de compra, mas somente com uma visão de médio e longo prazo, esperando que as ações se recuperem somente quando ocorrer uma sinalização de que o pior já passou.