Museu Nacional resgata 200 peças de sua coleção egípcia

7 MAI 2019 • POR Agência Brasil • 17h08

A sacerdotisa egípcia Sha-Amun-em-Su foi mumificada e sepultada em um sarcófago por volta do ano 750 a.c., e seu caixão ficou lacrado até 2 de setembro de 2018, quando o incêndio do Museu Nacional destruiu parte da maior coleção egípcia da América Latina. Recebida do soberano egípcio por Dom Pedro II, a múmia era a favorita do imperador, e ficava em seu escritório, no palácio que passou a abrigar o Museu Nacional com o fim do Império. Se as chamas destruíram o caixão de madeira policromado e parte dos restos mortais da sacerdotisa, elas também revelaram nove amuletos que haviam sido vistos pela última vez por quem lacrou o caixão de Sha-Amum-em-Su.

As peças foram apresentadas hoje (7) por pesquisadores do Museu Nacional, que já resgataram cerca de 200 dos mais de 700 itens da coleção egípcia do Museu Nacional. O trabalho de 100 pesquisadores, técnicos, alunos e colaboradores de outras instituições vem revelando que, ao contrário do que sugeriam as primeiras impressões sobre o desastre, muito ainda pode ser salvo da área destruída pelo fogo e pelo desmoronamento dos três andares do Paço São Cristóvão, palácio que serviu de residência à Família Real até o fim do Império.

Museu Nacional apresenta peças da coleção egípcia resgatadas dos escombros da instituição - Tomaz Silva/Agência BrasilPesquisador Pedro Von Seehausen fala durante apresentação de peças resgatadas dos escombros do Museu Nacional - Tomaz Silva/Agência BrasilMuseu Nacional apresenta peças da coleção egípcia resgatadas dos escombros da instituição - Tomaz Silva/Agência BrasilMuseu Nacional apresenta peças da coleção egípcia resgatadas dos escombros da instituição - Tomaz Silva/Agência Brasil