Agrotóxicos encurtam vida e mudam comportamento das abelhas

28 ABR 2019 • POR Agência Brasil • 12h09

Nova pesquisa sobre efeito dos agrotóxicos em abelhas mostrou que um tipo de inseticida, mesmo quando usado em doses não letais, encurtou o tempo de vida dos insetos em até 50%. Os pesquisadores observaram ainda que uma substância fungicida considerada inofensiva para abelhas mudou o comportamento das operárias, deixando-as letárgicas, o que pode comprometer o funcionamento de toda a colônia.

O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (Fapesp), investiga o fato, já conhecido, de que diversas espécies de abelhas estão desaparecendo no mundo todo. No Brasil, o fenômeno tem sido observado pelo menos desde 2005 e está diretamente ligado ao uso de agrotóxicos, diz o professor Osmar Malaspina, pesquisador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Colmeia saudável, com abelhas produzindo - Aldo Machado dos Santos/Direitos ReservadosColmeia morta por contaminação por inseticida - Aldo Machado dos Santos/Direitos ReservadosCultivo de abelhas em comunidade - José Cruz /Agência Brasil