Participação de meninas cai na Olimpíada Brasileira de Astronomia

3 FEV 2019 • POR Agência Brasil • 13h12

A porcentagem de meninas que participam da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a maior olimpíada científica do Brasil vem caindo, no ensino médio, ano a ano. De acordo com dados compilados para a Agência Brasil, em 2010, quando elas eram maioria, chegaram a representar 53,9% dos participantes. A partir de então, essa participação foi caindo. Em 2018, as meninas eram 48% do total.

Com inscrições abertas, a organização da OBA pretende atrair mais participantes mulheres, sobretudo do ensino médio, para a competição este ano. “Qualquer uma das profissões também pode ser ocupada por mulheres, por que não as ciências exatas?”, diz o diretor da OBA e astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), João Canalle.

A OBA está na 22ª edição e, ao longo da história, mobilizou cerca de 10 milhões de estudantes. Os melhores classificados na OBA representam o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica. Canalle lembra que uma das primeiras estudantes a representar o Brasil nesta Olimpíada, em 2011, foi a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). “É uma mulher e isso poderia incentivar as meninas a participarem mais das olimpíadas científicas”, diz Canalle.

De acordo com os dados de participação dos últimos dez anos, no nível 1 da OBA, voltado para os estudantes do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, a participação de meninas e meninos é praticamente a mesma, a média é 50,3% garotas e 49,7%, garotos. A diferença aumenta no nível 4, voltado para alunos do ensino médio.

Na OBA, estudantes constroem foguetes feitos de garrafa pet, tubo de papel ou canudo de refrigerante - Arquivo/Divulgação OBA