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Ativa vê potencial de alta para bancos com provisões virando lucro em 2021

30 NOV 2020 • POR Investing.com • 17h16

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - A Ativa Investimentos elevou o preço-alvo para quatro bancos brasileiros e se disse otimista com os papéis por enxergar que negociam com desconto ante outros setores da bolsa e por considerar que alguns deles podem, no próximo ano, reverter em lucro as provisões realizadas ao longo de 2020.

“Os bancos que fizeram o dever de casa vão ter um 2021 mais tranquilo”, disse Leo Monteiro, analista da Ativa, em entrevista ao Investing.com Brasil. Para ele, Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Itaú (SA:ITUB4) são os favoritos para se beneficiarem de uma melhora no cenário econômico e os mais protegidos diante do fim do auxílio emergencial e da flexibilização nas condições de crédito implementados durante a pandemia.

“Esses benefícios mascararam a inadimplência que já era esperada para este ano, mas que irá crescer em 2021. Por isso, priorizamos bancos com carteiras conservadoras e menos expostos que os pares ao segmento de pessoa física”, diz Monteiro.

Em relatório, a Ativa coloca a unit do Santander Brasil (SA:SANB11) como a opção menos interessante de alocação no setor por conta do crescimento da carteira de renegociação, além de potenciais riscos de governança corporativa para o braço do banco espanhol no país.

O papel é o único dos quatro revisados pela corretora que manteve a recomendação Neutra, com preço-alvo aumentando de R$ 32 para R$ 42.

Papéis favoritos

Já para o Itaú, a Ativa avalia como sendo uma das melhores alternativas por ter sido o banco que mais realizou provisões durante o semestre e por ter bons indicadores de qualidade de crédito.

O papel, que acumula alta de 20% no mês e queda de 14% no ano, foi mantido com recomendação de Compra, com preço-alvo revisado de R$ 30 para R$ 36.

Para o Banco do Brasil, Monteiro aponta que deve ser menos impactado com o fim do auxílio e das condições de crédito facilitadas por conta do foco no segmento agrícola e de uma base mais resiliente de pagadores, com empresas maiores que não dependeram tanto desses benefícios.

“Por conta de incertezas com a diretoria e por ser uma estatal, o papel deve demorar mais que os pares para absorver uma alta no setor, mas a carteira de crédito mais segura e a relação preço por lucro por ação descontada são grandes atrativos”, avalia.

O papel foi mantido como Compra, com revisão do preço-alvo de R$ 45 para R$ 47.

Já para o Bradesco (SA:BBDC4), a corretora avalia que os níveis seguros de provisionamento, bem acima da média histórica, e a inadimplência em patamares mínimos também justificam a recomendação de Compra, com preço-alvo revisado de R$ 25,5 para R$ 28,5.

O papel preferencial do Bradesco acumula queda anual e alta mensal de 17%.

Perto das 16h25, o índice financeiro da B3 (SA:B3SA3), o IFNC, caía 1,11%, em dia de realização de lucros no setor após alta acumulada de 17,57% no mês.

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