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Novo apagão no Amapá pode ter sido causado por problema em linha de transmissão

19 NOV 2020 • POR Agência Brasil • 12h42

A interrupção no fornecimento de energia elétrica para 13 das 16 cidades do Amapá, um novo apagão, ocorrida na noite desta terça-feira (17), em meio à crise de abastecimento que começou no último dia 3, pode ter sido causada por uma falha em uma linha de transmissão.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), há indícios de que o problema teve origem no momento da energização da linha de transmissão Santa Rita-Equatorial, pertencente à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), empresa controlada pelo governo estadual e responsável por distribuir a energia elétrica para todo o estado.

A CEA, no entanto, informou à imprensa que não identificou nenhuma falha no processo de energização.

O ONS também reiterou informações já divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia, segundo as quais uma instabilidade causou o repentino desligamento automático do transformador da subestação de Macapá, “apenas no lado da distribuição”, e da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, localizada na cidade de Ferreira Gomes (AP).

A subestação é operada pela empresa privada Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), pertencente ao grupo Gemini Energy, que, já na noite de terça-feira, emitiu um comunicado informando que o novo apagão não teve origem na linha de transmissão e que não houve nenhum problema no transformador instalado na subestação de Macapá. Já a usina Coaracy Nunes é explorada pela Centrais Elétricas do Norte (Eletronorte), uma subsidiária da estatal Eletrobras.

A interrupção do fornecimento ocorreu às 20h27. Na sequência, houve outros dois desligamentos no mesmo transformador da subestação de Macapá, às 21h03 e às 21h20, enquanto técnicos tentavam solucionar o problema.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o fornecimento só pôde começar a ser gradualmente restabelecido a partir das 21h26, quando a carga energética entregue para distribuição começou a ser recomposta até atingir o mesmo patamar em que vinha operando antes do novo apagão, ou seja, com 80% da capacidade integral.

A normalização da carga só foi concluída à 1h04 de quarta-feira (18), quase quatro horas após o início do blecaute. Ainda assim, devido ao rodízio que já estava em vigor, moradores de algumas localidades só puderam contar com o serviço depois das 4h, conforme a escala que já havia sido divulgada pela CEA.