Economia brasileira

Economia brasileira segue em recuperação e choque de preços deve se dissipar

6 NOV 2020 • POR Eduardo Yuki • 13h43

A atividade econômica brasileira continua em plena recuperação. A recuperação da produção levou a confiança da indústria para o maior patamar desde abril de 2011, o que incentiva a recontratação de parte dos trabalhadores dispensados pelo setor no início da crise.

Assim, o mercado de trabalho vem se recuperando desde junho. No auge da crise, foram destruídas 1,5 milhão de vagas de emprego formal, com ajuste sazonal. Entre junho e setembro, geramos 480 mil vagas de emprego com carteira assinada. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas não menospreze que conseguimos recuperar 31% da queda de emprego formal ocorrida no início da crise.

A concessão de crédito para pessoa física já voltou para o patamar anterior à crise, a despeito de toda a desconfiança com a perspectiva de aumento da inadimplência no início do próximo ano. O destaque positivo tem sido o financiamento imobiliário, que é beneficiado pelo aumento da captação da caderneta de poupança e pela baixa taxa de juros.

Dessa forma, esses indicadores sustentarão o nível do consumo das famílias nos próximos trimestres. Mesmo com a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, em setembro, a atividade econômica continuou em recuperação.

Reiteramos nossa projeção de retração do PIB real de 4,5% em 2020 e expansão de 4,0% em 2021.