Antes de congelar os juros bancários, temos de usar a tecnologia para ampliar o crédito
17 AGO 2020 • POR Breno Costa • 18h00
Sem crédito, as vendas se limitam à renda corrente da população, o que reduz, e muito, o consumo e, por consequência, o potencial de crescimento do PIB.
Há anos a relação crédito sobre PIB no Brasil fica ao redor de 50%, o que demonstra o potencial desse mercado. Outras economias mais desenvolvidas exibem percentuais bem acima de 100%. Nos EUA e Japão, chegam a 180%, principalmente por conta do crédito imobiliário. Em países da Europa, atingem 160%.
A expansão do crédito brasileiro entre os anos 2002 e 2013, em parte, é uma das principais explicações de porque o país cresceu tanto nesse período. Também se pode atribuir ao crédito o adiamento das crises de 1929 e de 2008.
A crise instaurada no Brasil a partir de 2014, com o fundo do poço nos anos seguintes, arrefeceu a oferta de crédito. A partir de 2017, a economia nacional voltou ao crescimento, mas em percentuais pífios.