Racismo no mercado financeiro

Como você pode combater o racismo no mercado financeiro?

2 JUL 2020 • POR Carolina Unzelte • 17h19

Se todos os negros do Brasil formassem um país, essa nação hipotética seria a 17ª em consumo, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. Apesar disso, a população negra brasileira, que movimenta R$ 1,7 trilhão anualmente, ainda luta por espaço no mercado financeiro. Mas iniciativas pipocam para mudar essa realidade 一 e mostram que você também pode fazer sua parte no combate antirracista. 

"A maioria dos empreendedores são mulheres negras", afirma Amanda Dias, criadora do Grana Preta, um programa de emancipação econômica para pequenos empresários. "Vamos consumir seus produtos, repassar nossos recursos para os pequenos negócios, que são os que mais empregam no país". 

Com o Grana Preta, a jornalista dá cursos, palestras e mentorias sobre educação financeira com foco em pessoas negras. Além disso, a iniciativa propõe novas formas de entender a economia e a organização social atuais. 

"A lógica do acúmulo não faz mais sentido e a população negra tem uma história econômica de sucesso, que pode nos dar respostas para questões de hoje", afirma Amanda, dando o exemplo das comunidades iorubás, que mantêm caixas coletivos para os mais desfavorecidos.