quarta, 24 de abril de 2024
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O que é a economia compartilhada e como ela revoluciona o mundo dos negócios

Na economia compartilhada, toda a forma como os bens circulam é repensada

13 julho 2021 - 14h46Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Paul Hanaoka/Unsplash

As últimas décadas trouxeram desafios e avanços para a sociedade mundial. Hoje, o cuidado com o meio ambiente não pode ser mais deixado de lado e reduzir o consumo desenfreado das últimas décadas é imperativo. Além disso, as inovações tecnológicas trouxeram uma nova gama de oportunidades de negócios e serviços.

Na esteira dessas mudanças de paradigmas, surgiu no início da década de 2010 o conceito de “economia compartilhada”, em que usar é mais importante do que ter. Este modelo econômico é baseado em compartilhamento, troca e aluguel de bens e se baseia em pilares contemporâneos de consumo, como aproveitamento dos recursos naturais, otimização da produção e conscientização para redução do desperdício.

Moradia, mobilidade e todo tipo de serviços

Na economia compartilhada, toda a forma como os bens circulam é repensada. Aplicativos como AirBnb e Uber, por exemplo, revolucionaram a forma como pensamos nas nossas férias e o transporte diário. Não precisamos ter uma casa no litoral para aproveitar a praia e nem comprar um carro se não temos a necessidade de utilizá-lo diariamente. Da mesma forma, se temos um imóvel de veraneio ou um carro que está parado na garagem, eles podem se tornar fontes de renda.

Outras empresas baseadas na economia compartilhada são as que disponibilizam bicicletas e patinetes elétricos e revolucionam no vácuo de políticas públicas relacionadas à mobilidade urbana, como a Scoo. Aplicativos de financiamento coletivo, ou crowdfunding, como o Vakinha, também são cada vez mais populares. 

Uma estimativa divulgada em 2019, a PwC (Price Water House Coopers) projetou que cerca de US$ 335 bilhões seriam gerados até 2025 em razão da economia compartilhada e serviços on-demand. 

Como a economia compartilhada está influenciando os investimentos? 

A mudança nas relações de consumo também já estão no radar dos investidores. Hoje, empresas baseadas na economia compartilhada, como a Uber e o Ifood, são consideradas “unicórnios”, ou startups que alcançaram valor de mercado acima de US$ 1 bilhão e a cada dia surgem novas companhias com ideias disruptivas e potencial para grande crescimento. Neste texto falamos sobre o fenômeno dos unicórnios e como as pessoas físicas podem investir neles!  

O mercado imobiliário é um exemplo de setor que está sentindo os efeitos da economia compartilhada. Um exemplo de modalidade que passou a ganhar destaque nos últimos anos é o conceito de multipropriedade. Segundo o Secovi (Sindicato da Habitação), o modelo de compra compartilhada de imóvel – em que é possível comprar frações de um imóvel e utilizá-lo para férias ou geração de renda – cresceu 18% em 2020, movimentando R$ 24 bilhões em valor geral de venda.

O modelo de negócio surge como opção tanto para quem busca uma “segunda casa” para férias quanto para quem quer investir – seja adquirindo cotas para rentabilizar com a locação do imóvel ou por meio de fundos de investimento voltados para a construção e administração de projetos de multipropriedade.