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O que influencia o dia

Veja as principais notícias dos mercados globais desta quarta-feira (26)

Federal Reserve deve indicar quando os aumentos das taxas de juros começarão, Brasil aprovado para iniciar seu processo de ingresso na OCDE, tensões geopolíticas sustentam os preços do petróleo; veja detalhes

26 janeiro 2022 - 09h12Por Redação SpaceMoney

Por Noreen Burke e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Espera-se que o Federal Reserve estabeleça as bases para um aumento da taxa de março, uma vez que lida com a alta inflação, e deixe de lado as preocupações com o recente surto de volatilidade do mercado.

O Brasil foi aprovado para iniciar o seu processo para ingressar na OCDE.

As ações dos EUA tentam uma recuperação cautelosa, apoiada por uma previsão de vendas otimista da Microsoft (NASDAQ:MSFT).

Tesla (NASDAQ:TSLA), Boeing (NYSE:BA) e Intel (NASDAQ:INTC) estão entre algumas das empresas que reportam lucros trimestrais.

As tensões geopolíticas sustentam os preços do petróleo antes dos dados de estoque dos EUA.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 26 de janeiro:

1. Dia do Fed

O Fed não deve anunciar nenhuma mudança de política no final da sua reunião hoje, mas deve indicar que os aumentos das taxas começarão em março.

A inflação nos EUA subiu para uma alta de quase quatro décadas, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,9%, mas o presidente do Fed, Jerome Powell, enfrenta um desafio de comunicação com os mercados que se acostumaram a uma política monetária mais frouxa.

Os investidores procuram pistas sobre a linha do tempo e o ritmo dos aumentos de juros e os planos do banco central para cortar seu balanço patrimonial de quase US$ 9 trilhões, outra forma de apertar a política monetária.

Powell precisa encontrar um equilíbrio na comunicação das intenções do Fed de manter a recuperação econômica nos trilhos e, ao mesmo tempo, tomar medidas para conter a alta inflação.

O anúncio da decisão de política do Fed acontecerá às 16h e será seguido meia hora depois por uma conferência de imprensa com Powell.

2. Brasil no clube dos ricos

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovou a abertura do processo de entrada do Brasil no grupo.

O processo deve levar entre três e quatro anos, mas o país já utiliza 103 dos 251 instrumentos normativos da organização, o que adianta os trâmites.

Outros cinco países também tentam fazer parte do grupo.

Entre as medidas que o Brasil ainda pretende adotar para acelerar a sua entrada na OCDE, está a promessa de zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das operações cambiais até 2029.

Porém, a questão do meio ambiente pode ser um entrave para o processo brasileiro.

Para fazer parte da OCDE, todos os países do grupo precisam se comprometer com o crescimento econômico sustentável e inclusivo, além de lutar pela preservação da biodiversidade e combater as mudanças climáticas.

3. Ações americanas devem se recuperar

Os mercados de ações dos EUA devem se recuperar após outra sessão volátil na terça-feira (25), que viu os três principais índices de ações fecharem em baixa, mas acima dos níveis mais baixos do dia.

Às 08h53, os futuros da Dow Jones subiam 1,08%, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P 500 avançavam 2,16% e 1,49%, respectivamente. 

O S&P 500 chegou perto do território de correção na terça-feira, 9,2% abaixo do recorde estabelecido em 3 de janeiro, em meio a uma ampla liquidação desencadeada por preocupações com um Fed mais agressivo e tensões geopolíticas aumentadas.

Os mercados foram impulsionados após Microsoft reportar seus lucros e a sua receita do segundo trimestre ficou acima das previsões. 

O relatório impulsionou as perspectivas para os próximos resultados dos concorrentes Amazon (NASDAQ:AMZN) e Google da Alphabet (NASDAQ:GOOGL).

4. Tesla, Boeing e Intel vão reportar

A lista de balanços corporativos apresenta resultados de empresas como Boeing, AT&T (NYSE:T), Abbott Labs (NYSE:ABT), Nasdaq (NASDAQ:NDAQ) , Kimberly Clark (NYSE:KMB) e Whirlpool (NYSE:WHR) antes da abertura, enquanto Tesla e Intel reportarão após o fechamento.

O receita do quarto trimestre da Tesla foi projetado em um recorde de US$ 16,88 bilhões, com lucro por ação a US$ 2,25, de acordo com analistas monitorados pelo Investing.com.

Os analistas ouvirão o que a empresa de Elon Musk diz sobre as perspectivas de produção, bem como a concorrência de novas empresas de veículos elétricos e fabricantes de automóveis antigos, como General Motors Company (NYSE:GM) e Ford Motor Company (NYSE:F).

Os analistas olharão para o relatório de ganhos da Intel em busca de pistas sobre a cadeia de suprimentos e os esforços de produção de chips.

5. Petróleo em alta com tensões geopolíticas, dados de estoque de olho

Os preços do petróleo subiram sustentados por tensões geopolíticas, enquanto os investidores aguardavam a reunião do Fed e os últimos dados de estoque dos EUA no final do dia.

Às 08h58, os futuros de petróleo nos EUA avançavam 0,54%, a US$ 86,06, enquanto os de Brent subiam 0,73%, a US$ 87,82.

As tensões entre os EUA e a Rússia sobre a Ucrânia permaneceram em primeiro plano.

A Rússia insiste que não planeja invadir a Ucrânia, mas o Ocidente ameaçou sanções severas se isso acontecer.

Os dados de estoque divulgados durante a noite pelo American Petroleum Institute mostraram que os estoques de petróleo e destilados dos EUA caíram na semana encerrada em 21 de janeiro, enquanto os estoques de gasolina aumentaram.

Os comerciantes de energia aguardam o relatório semanal inventários de petróleo da Energy Information Administration (EIA) dos EUA, com lançamento previsto para as 12:30.