sábado, 20 de abril de 2024
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Veja quais são as oportunidades trazidas pela renda fixa, segundo a XP

Com a inflação elevada e a percepção maior de risco, optar pela renda fixa surge como um caixa para aproveitar oportunidades que devem surgir ao longo do caminho

06 junho 2022 - 14h40Por Investing.com

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Com a inflação elevada e os riscos subindo nos mercados ao redor do mundo, a renda fixa entra no portfólio dos investidores não apenas como uma proteção, mas também como um caixa para aproveitar oportunidades que devem surgir ao longo do caminho.

Pelo menos, essa é a visão da XP (SA:XPBR31), que tem 52% da sua carteira recomendada para perfil moderado posicionada em renda fixa.

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Além da necessidade de manter uma reserva de emergência em ativos de baixa risco, a XP acredita que o investidor pode usar títulos pós-fixados para fazer um caixa.

A alta dos juros e os desarranjos provocados pelos conflitos geopolíticos e pela política “zero-covid” na China trazem volatilidade.

Assim, a XP diz que é possível usar o dinheiro em caixa para comprar ativos a preços mais interessantes quando a oportunidade eventualmente surgir em meio ao sobe e desce dos mercados.

Esse cenário mais adverso também exige uma maior proteção na carteira e nesse caso, a renda pós-fixada pode ajudar a reduzir os riscos. Como o CDI no Brasil voltou para próximo de 13% ao ano, a renda fixa brasileira se torna uma opção de baixo risco e retorno elevado.

A XP ainda projeta que a taxa Selic deve subir a 13,75% nas próximas reuniões do Copom, programada para este mês de junho e agosto.

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Esse patamar da Selic deve ser mantido até pelo menos o primeiro trimestre de 2023. Depois disso, a XP enxerga um espaço para uma normalização gradual de juros, até por volta do patamar “de equilíbrio”, entre 7% e 8%, em meados de 2024.

A corretora também destaca que por mais que a inflação no Brasil esteja elevada, ela não se compara com a do resto do mundo, onde a diferença entre os juros e a inflação ainda é grande, o que torna o mercado brasileiro mais atrativo.

A XP reforça que o mais interessante é procurar por papéis que estejam atrelados à inflação, como as NTN-Bs, ao invés dos títulos pré-fixados, idealmente com um período de retorno em torno de cinco a sete anos.

Isso porque um investimento com taxa de retorno pré-definida pode acabar perdendo para tendência de alta dos juros no futuro próximo.

Outro ponto a ser levado em consideração é que os títulos indexados à inflação mais longos reduzem o risco de reinvestimento do investidor. A XP também explica que como os prazos são maiores, o resultado prático dos juros compostos tende a ser mais benéfico. 

Uma carteira moderada

A carteira estrategista da XP, que tem como foco investidores de perfil moderado, entrega à renda fixa um peso importante para o mês de junho. A recomendação é que o portfólio tenha uma participação de 29% de renda pós-fixada e 2% de pré-fixado.

Investimentos atrelados à inflação devem ter um peso de 16%, segundo a carteira da XP, e outros 5% devem ser destinados à renda fixa global.

O restante do portfólio conta com exposições de 24% ao multimercado, 12% de renda variável no Brasil, 7% em renda variável global e 5% em investimentos alternativos.