quarta, 24 de abril de 2024
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Taesa (TAEE11): reajuste anual de receita e entrada de ativos incrementam robustez, diz BB

A receita regulatória consolidada foi R$ 560 milhões no 2T22, enquanto no acumulado no primeiro semestre somou R$ 1.086 bilhão

11 agosto 2022 - 16h14Por Redação SpaceMoney

Após o fechamento de mercado na última quarta-feira (10), a Taesa (TAEE11) divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre deste ano.

Para o BB Investimentos, os números estão em linha com o reportado nos últimos trimestres se considerada a contabilidade regulatória.

Novos ativos que entraram em operação recentemente e com agregação à receita, somados ao forte reajuste anual da receita, têm garantido o crescimento de geração de caixa, dizem analistas.

Os custos apresentaram alguma volatilidade na comparação anual devido a descasamento pontual em serviços de terceiros e aumento de provisões, que junto ao esperado crescimento das despesas financeiras com a alta do IPCA e do CDI ofuscaram parcialmente o bom resultado, avaliaram.

A receita regulatória consolidada foi R$ 560 milhões no 2T22 (+6,5% T/T e +39,2% A/A), enquanto no acumulado no primeiro semestre somou R$ 1.086 bilhão, em alta de 37% na comparação anual em função dos reajustes de RAP de julho de 2021 - de 37% para as concessões indexadas ao IGP-M e de 8% para as indexadas ao IPCA - e ao início operacional de Janaúba em setembro de 2021 e parcial de Sant’Ana em abril de 2022.

Os custos e despesas operacionais apresentaram alta no 2T22 e no primeiro semestre, no mesmo ritmo da expansão em andamento e também em função de reajustes inflacionários sobre custos, além de aumento de provisões cíveis e trabalhistas e um descasamento na comparação anual de serviços de terceiros relacionados a limpeza de faixa de servidão que ocorreu no 2T22, mas que em 2021 ocorreu no 3T21.

O total de custos ex-depreciação somou R$ 95,2 milhões no 2T22 (+32% a/a) e R$ 166,8 milhões no 6M22 (+18% a/a), mas nos dois períodos o avanço foi menor que o crescimento da receita, permitindo ganho de margem operacional e EBITDA.

Assim, o EBITDA regulatório somou R$ 464 milhões no 2T22 (+2,3% t/t e +40,4 % a/a), enquanto o acumulado no ano (6M22) somou R$ 919,3 milhões, em alta de 41,9% em comparação ao 6M21. A margem EBITDA no trimestre veio em 83% e no semestre em 84,6%, ambas ligeiramente acima do mesmo período do ano anterior.

A recomendação de BB Investimentos para TAEE11 foi neutra, com preço-alvo de R$ 44,70 ao fim de 2022.