sexta, 19 de abril de 2024
Recomendações

Itaú (ITUB4): BB, BTG, Citi, Genial, Levante, Morgan Stanley, Safra, UBS e XP recomendam compra

A companhia registrou um lucro recorrente gerencial de R$ 7,679 bilhões entre abril e junho de 2022

09 agosto 2022 - 12h56Por Redação SpaceMoney

Às 12:13 desta terça-feira (9), as ações de Itaú (ITUB4) subiam 0,55%, ao preço de R$ 25,38 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da empresa.

A companhia registrou um lucro recorrente gerencial de R$ 7,679 bilhões entre abril e junho de 2022, cifra 17% superior ao computado um ano antes. O lucro líquido contábil somou R$ 7,436 bilhões.

Banco Safra

O Safra mantém recomendação outperform para ITUB4, com preço-alvo de R$ 32,00 ao fim do ano.

Analistas destacam que o banco continua como o principal nome no setor pois o veem como uma boa alternativa para enfrentar a atual volatilidade do mercado em função da qualidade de seu resultado.

Também permanecem construtivos com os resultados do Itaú até o 2S22 e principalmente no próximo ano, devido ao impacto do cenário de juros mais altos na NII e expectativas para o portfólio.

Em termos de valorização, o Itaú também segue atraente.

Ações de ITUB4 são negociadas a 7,5x P/E23e e P/BV de 1,3x, com um desconto significativo sobre sua média histórica de 10 anos de 10x e
2x respectivamente. 

BB

Em oposição aos resultados vistos nos pares até o momento no 2T22, o resultado do Itaú parece o mais “limpo”, sem auxílio de entrelinhas na
DRE para entregar a um ROE na casa dos 20%, de acordo com o BB.

Na leitura, o protagonismo para a performance vem do robusto crescimento da carteira de crédito, que apesar de calcada em linhas mais arrojadas, enseja escalada de inadimplência predominantemente sem sustos.

“É fato que não podemos negligenciar itens menos que estelares, como a queda no índice de cobertura, a elevação do custo do crédito como um percentual da carteira, e a fraca expansão do spread, que ainda não mostra a desenvoltura que um cenário de elevação de juros sugere, já que a rotação
da carteira ainda não permitiu novos níveis de precificação”, diz o BB, em relatório.

Analistas incorporaram os números do 2T22 ao valuation e apresentaram novo preço-alvo de R$ 31,50 para o final de 2023, o que representa um potencial de valorização de 26,35% com base no preço atual.

Apesar do upside não tão vultoso como demais pares, que apresentam desconto condizente com momentos de maior incerteza, mantêm a recomendação de compra para as ações do Itaú, com entendimento de que existe menor prêmio pelo menor risco.

BTG

Para o banco, o segundo trimestre de Itaú foi forte e os resultados foram os melhores até agora no setor.

NII, taxas e seguro vieram todos melhores do que o esperado, enquanto a qualidade dos ativos registrou um desempenho melhor do que visto em seu
pares privados.

De acordo com estimativas do BTG, agora deve haver ganhos de aproximadamente R$ 31,5 bilhões para o Itaú em 2022.

Analistas mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 32,00 em doze meses.

Citi

Mais do que o lucro, surpreendeu positivamente o forte desempenho da receita líquida, segundo os analistas do Citi, com uma expansão de 10% no trimestre, combinando forte crescimento de 5% na carteira de crédito e mais de 50bps no NIM.

“Achamos bastante surpreendente que o Itaú esteja acelerando o crescimento do crédito com as expectativas mais fracas da economia em 2023, mas isso é positivo, desde que a qualidade do crédito seja compensada por um spread mais alto.”

Diante do desempenho, o Citi mantém a recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 28, alta de 10,9% em relação ao fechamento da véspera (R$ 25,24, +1,24%). (BDM)

Genial Investimentos

Para a Genial Investimentos, com um ROE de 20,8%, a qualidade dos resultados de Itaú também superaram as expectativas, com um forte avanço de receitas, que compensou em grande parte a elevação do custo de crédito.

As dinâmicas positivas geraram a necessidade de melhora no guidance de 2022, cuja revisão implica em um crescimento de lucro de 18,9% no meio da faixa, frente a 14,7% do guidance anterior.

A corretora diz que já tinha o Itaú como top pick (principal escolha) dentre os bancos. Portanto, o sólido resultado do trimestre e seu carrego para o ano contribuem para reiterar tese de investimento. 

Analistas mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30,30.

Levante

O resultado do Itaú foi bastante positivo e até agora foi a surpresa que mais agradou entre os bancos incumbentes, diz Levante.

A companhia conseguiu ampliar o seu spread com o aumento da exposição a produtos mais rentáveis e de maior risco, sem que houvesse um desnível preocupante de falta de pagamento.

Certamente, os números de inadimplência dos segmentos de Micro, Pequenas e Médias Empresas (-0,1 p.p.), dada a ampliação da carteira de crédito, e o segmento de Grandes Empresas (-0,4 p.p.), em decorrência da baixa para prejuízo de crédito de um cliente em específico, contribuíram para que a
média ficasse controlada, avaliam os analistas.

No entanto, veem a ampliação de representatividade do crédito consignado no mix total como um ponto positivo nesse aspecto, tendo em vista a característica de menor inadimplência desta linha de financiamento.

Morgan Stanley

O Morgan Stanley mantém classificação overweight, com preço-alvo de US$ 7,20. O banco destaca que os resultados operacionais foram impressionantes (+13% T/T e +26% A/A).

O Itaú se beneficia em meio ao aumento das taxas de juros e crescimento sólido do crédito em meio macroeconômico construtivo e melhor cenário de emprego atualmente.

UBS BB

O UBS BB, por sua vez, mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 30,00.

XP

A XP vê o resultado do Itaú no 2T22 como positivo principalmente devido a uma Margem Financeira (NII) mais forte que o esperado (+20% A/A e +8% acima da nossa estimativa), que levou o lucro líquido a atingir R$ 7,6 bilhões e superou as estimativas para o trimestre.

Apesar do ligeiro aumento da inadimplência para 2,7% (3,0% no Brasil), analistas ainda veem o indicador como saudável.

A XP antecipou uma reação positiva para a ação e reiterou sua visão otimista para os papéis, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 31,00 por ação.