sábado, 20 de abril de 2024
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Intermédica cai com 4T afetado por internações da Covid-19; fusão mantém otimismo

17 março 2021 - 11h41Por Investing.com

Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - As ações da NotreDame Intermédica (SA:GNDI3) (GNDI) recuava 1,37% nesta quarta-feira (17) após a companhia apresentar lucro líquido de R$ 155,2 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, mas com analistas apontando para pressão com custos relacionados à Covid-19.

Perto das 11h43, os papéis eram negociados a R$ 85,09, com recuo acumulado de 10,3% nos últimos trinta dias e alta de 155% nas últimas 52 semanas.

Os analistas do BTG Pactual apontaram que os resultados do quarto trimestre foram “anormalmente” fracos, apesar de isso não mudar a visão positiva com a empresa.

Segundo relatório publicado nesta quarta, os últimos meses de 2020 foram atingido por custos mais altos por conta do aumento de internações de casos da Covid-19 combinado com a normalização de procedimentos eletivos. Apesar do otimismo com a empresa, no entanto, eles sinalizam que essas dinâmicas atípicas devem continuar no curto prazo.

Ainda assim, as sinergias geradas pela fusão com a Hapvida (SA:HAPV3) “não estão nem perto” de estarem totalmente precificadas na ação, o que justifica a recomendação de compra e o aumento do preço-alvo de R$ 83 para R$ 99.

Visão da XP

Já para os analistas da XP Investimentos, em relatório, a GNDI apresentou um bom resultado, em linha com as estimativas, com um crescimento robusto da receita devido ao forte aumento no número de beneficiários de planos de saúde.

Eles reiteraram a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 117 por ação.

Segundo análise publicada pela casa de investimentos também nesta quarta, o número de beneficiários de planos de saúde, que chegou a 3,73 milhões, ficou 3% acima das estimativas. O número de beneficiários de planos odontológicos atingiu 2,7 milhões, um aumento de 7% em relação ao quarto trimestre de 2019.

Em termos de margens, escrevem, houve uma pressão esperada sobre os custos médicos, com a Covid-19 alterando a sazonalidade no final do ano passado. A sinistralidade caixa atingiu 71,4%, alta de três pontos percentuais, 0,75 ponto percentual acima das estimativas da casa por conta do aumento atípico de procedimentos eletivos que foram adiados dos meses anteriores devido à pandemia.

Segundo os analistas, esse impacto foi parcialmente compensado por menores despesas gerais e administrativas, com o EBITDA ajustado atingindo R$ 420 milhões no trimestre, 6% acima do período anterior e em linha com as estimativas.

A corretora aponta ainda que, “em um ano desafiador de forma geral, a GNDI confirmou sua forte capacidade operacional”, aumentando organicamente o número de beneficiários em 4,4% - o que, para a equipe, reforça a visão positiva sobre a empresa.

Por fim, pontuam, o foco de curto prazo deve ser a fusão com a Hapvida, com a próxima etapa marcada para 29 de março, na assembleia de acionistas.