Eletrobras - Crédito: REUTERS/Brendan McDermidEm relatório, a Genial Investimentos destacou a preferências pelos papéis ordinários de Eletrobras (ELET3) na comparação com as ações preferenciais Classe B (ELET6).
A corretora explica que, em casos de reestruturação societária via troca de ações, preferem estar próximos às ações que os controladores detêm – as ordinárias (ELET3), à medida que quaisquer propostas não devem ser desfavoráveis as acionistas controladores.
Além disso, os analistas pontuaram que as ações ordinárias estão com desconto interessante em relação às ações preferenciais.
Ou seja, caso alguma proposta com viés neutro fosse proposto nesta terça-feira, os acionistas ordinários tenderiam a ser marginalmente beneficiados.
Por fim, a fatia econômica nas ações ordinárias ocupa parte muito maior do que nas ações preferenciais (R$ 88 bilhões ordinárias vs R$ 12,6 bilhões preferenciais), o que levou a Genial Investimentos a acreditar que qualquer proposta de relação de troca entre ações ordinárias vs. preferenciais teriam pouco espaço (ou interesse dos grupos controladores) à serem benéficas aos preferencialistas
Eles acrescentaram ainda que existe maior liquidez nas ações ordinárias. Dito isso, não acham justo a ELET6 negociar com prêmio em relação a ELET3, principalmente nos níveis atuais.
Caso a empresa de fato venha a migrar para o Novo Mercado, todas as suas classes de ações deverão ser convertidas em ações ordinárias. A possibilidade foi ventilada pelo CEO Wilson Ferreira Jr., que mencionou, em entrevista coletiva, o interesse de migrar a empresa do Nivel 1 de governança corporativa da B3 para o Novo Mercado no prazo de oito a dez meses.
A recomendação de compra para Eletrobras (ELET3) foi mantida, com preço-alvo de R$ 66,00.