sexta, 19 de abril de 2024
Avaliações

Alliar (AALR3), Hapvida (HAPV3), Rede D'Or (RDOR3): o que a XP recomenda e espera dos resultados?

De acordo com os analistas, o quarto trimestre se parece muito mais com o período pré-pandêmico

14 março 2022 - 09h22Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Pixabay

No último domingo (13), a XP produziu um relatório de análise sobre os papéis de companhias do setor de saúde listadas em Bolsa, com recomendações e projeções para os resultados das mesmas empresas referentes ao quarto trimestre do ano passado.

De acordo com os analistas Larissa Pérez e Rafael Barros, o quarto trimestre se parece muito mais com o período pré-pandêmico, com menor demanda por procedimentos eletivos, e fusões e aquisições desempenham um papel importante nas receitas e margens das empresas.

Hapvida (HAPV3) e Rede D'Or (RDOR3) foram algumas das companhias avaliadas.

Alliar (AALR3) e Kora Saúde (KRSA3) também receberam avaliações. Veja a seguir:

Alliar 

A XP mantém recomendação neutra para a Alliar e espera que a companhia apresente resultados neutros para o quarto trimestre, com receitas estáveis tanto no comparativo anual quanto no trimestral, uma vez que os testes Covid-19 podem não aumentar as receitas do período da mesma forma que em igual período de 2020.

Analistas esperam que a margem EBITDA ajustada reduza 2 p.p. a/a devido à inflação de custos e despesas aliada à sazonalidade negativa típica do quarto trimestre.

E projetam um lucro líquido de praticamente zero, devido ao alto endividamento da empresa e taxas de juros crescentes.

Hapvida

A XP mantém recomendação de compra para a Hapvida e estima que os resultados do quarto trimestre reflitam a diminuição contínua das infecções por Covid-19, com um pequeno pico de casos (mais leves) durante a temporada de festas.

As receitas devem se expandir em 13,0% a/a, impulsionadas pelas aquisições da Premium e da Promed, combinadas com fortes adições líquidas trimestre a trimestre.

Analistas esperam algum impacto no faturamento causado pelo ajuste de preço negativo dos planos individuais, o que também deve pressionar a sinistralidade.

E projetam que a sinistralidade caixa diminua 3,4 p.p. T/T, para 64,5%, principalmente devido a menores custos relacionados à Covid-19. 

Buscando rentabilidade na Bolsa de valores? Saiba como aumentar seus retornos com um assessor da Ipê Investimentos via WhatsApp.

Kora Saúde

A XP mantém recomendação de compra para Kora Saúde e estima que os resultados do quarto trimestre reflitam uma diminuição gradual das admissões de Covid-19 e uma melhora no número total de leitos da empresa principalmente devido a movimentos inorgânicos – Grupo OTO e ING.

A participação dos leitos operacionais em relação aos leitos totais deve diminuir T/T, mas deve ficar em cerca de 1,4 mil (vs. 1,25 mil leitos no 3T21), e pode haver uma ligeira queda no ticket médio T/T.

Na Margem EBITDA ajustada, estimam uma queda de 8,6 p.p. A/A, para 25,6%, principalmente devido à uma base de comparação muito forte, uma vez que o 4T20 foi beneficiado por uma substancial carteira de procedimentos eletivos que haviam sido postergados devido à primeira onda de infecções por Covid-19.

Por fim, a XP projeta um lucro líquido de R$3M, impactado principalmente pelo resultado financeiro, o qual foi impulsionado pelo alto endividamento líquido da empresa (R$ 1,7B ao final do 3T21 considerando arrendamentos) e aumento das taxas de juros.

Rede D'Or

A XP mantém recomendação de compra para Rede D’Or e estima que os resultados reflitam a sazonalidade regular do segmento hospitalar, com menor demanda por procedimentos eletivos no quarto trimestre – ao contrário do 4T20, quando houve uma grande quantidade de procedimentos reagendados devido à primeira onda de casos de Covid-19.

Analistas projetam uma margem EBITDA ajustada em 24% (-3,5 p.p. A/A; -4,6 p.p. T/T) impactada pela menor alavancagem operacional, embora acreditem que a margem EBITDA reportada fique estável T/T devido a menores itens não recorrentes relacionados à Covid-19.

Esperam um lucro líquido de R$ 280 milhões, com pressão das despesas financeiras líquidas devido ao alto endividamento da empresa, mas parcialmente compensado por uma alíquota menor gerada pela distribuição de juros sobre capital próprio (“JCP”) em dezembro.