quinta, 28 de março de 2024
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Fence: produto da XP Investimentos protege carteira de ações do investidor

Estrutura usa derivativos para prevenir perdas, mas também limita ganhos

29 setembro 2021 - 14h50Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Jason Briscoe via Unsplash

A XP Investimentos passou a oferecer uma nova estratégia dentro dos Produtos Estruturados, a Fence. Trata-se de uma operação muito utilizada por investidores de perfil “moderado agressivo” ou “agressivo” que buscam proteção para a sua carteira de ações. O instrumento limita eventuais perdas repentinas de valor que as ações podem sofrer, mitigando o prejuízo  até determinado valor. Contudo, em troca de proteção, as possibilidades de lucros do investidor também passam a ser limitadas.

Segundo Victor Licarião, líder de alocação de renda variável da Blue3, “o maior benefício e diferencial da Fence é poder utilizar o mercado de derivativos para ficar posicionado em um ativo, tendo o benefício de uma proteção parcial contra quedas, a custo zero, e surfar uma alta limitada do papel”.

Em momentos de instabilidades e incertezas no mercado, como o atual cenário brasileiro, em que as bolsas de valores estão variando negativamente no ano e os juros aumentando, esse tipo de operação pode representar uma boa alternativa. 

“A Fence é indicada para momentos de maior volatilidade no mercado, com maiores incertezas, porém, com a tendência de mercado ainda de alta, o cenário acaba proporcionando melhores  números e margens de montagem da estrutura”, afirma Victor Licarião.

Quero saber mais sobre a Fence

Como é feita a estruturação de uma Fence

Primeiro o investidor compra o ativo se ele ainda não possui. A estrutura envolve a venda de uma opção de compra (call) onde o  preço de exercício seja maior que o preço de mercado da ação, a compra de uma opção de venda (put) onde preço de exercício seja menor que o preço de mercado da ação e a venda de uma opção de venda (put) na qual o preço de exercício seja inferior ao preço de exercício da put que foi comprada.

A call determina um preço máximo que o investidor poderá vender o ativo, enquanto a put comprada estabelece um limite de proteção contra perdas que se estende até o preço de exercício da put que foi vendida.

O líder de alocação de renda variável da Blue3 conta todas as orientações são pensadas de acordo com o perfil e objetivos de cada cliente. 

“A estrutura pode priorizar a alta ou a proteção, isso vai depender de quão distante do preço atual do ativo, o investidor vai vender a call, no caso de vender mais próximo do dinheiro, ele vai priorizando uma maior proteção, e caso de venda mais fora do dinheiro, ele vai ter uma limitação de alta menor”, explica Victor Licarião.

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O cliente já poderia fazer por ele mesmo essa proteção. Por que optar por esse produto da XP?

“A estrutura consiste em uma venda de call um pouco fora do dinheiro (onde o preço de exercício dela está acima do preço a vista do papel), e com esse valor recebido, o operador de mercado compra uma trava de baixa, o que garante essa proteção parcial. Como são utilizadas opções vanillas (contratos que te dão o direito de comprar ou vender uma quantidade do instrumento financeiro), o investidor tem acesso a montagem dessas estruturas via home broker (sistema que permite a negociação de ativos e outros produtos financeiros pela internet), porém, a vantagem de o operador optar por esse produto via mesas de operações é o alívio do risco de execução, a baixa liquidez do mercado listado, e a possibilidade de execução em prazos maiores”, afirma Victor Licarião.

Para entender um pouco melhor sobre como funciona a Fence, observe o gráfico abaixo e atente-se para as situações A, B e C.

https://lh4.googleusercontent.com/2zF67RetfpZRIsvK1LDFGSUSwCqBNTrqua6cqV7oXHZW0axrss1UcQWu9yrjAEOGA8mu21UoPImrp8urxYlZIbWbRB9NHeZs2dCcIDAYa5j0YtSsbikT2b-Bw9bcR9uMbaxO1-Y=s0

 

Ganho máximo: será limitado por meio da diferença entre o Ponto C e o preço inicial do ativo;

Perda máxima: as perdas são ilimitadas e começam a partir do ponto A;

Proteção: ocorre entre os pontos B e A.

Exemplo hipotético

Nome da ação: XYZ

Operação: investidor possui ou compra XYZ, cotada a R$ 10,00 (em abril de 2016), e deseja protegê-la parcialmente contra quedas, até o vencimento (dezembro de 2016).

Compra o direito de venda do ativo por 10 (Put strike - Ponto B), vende esse direito por 8 (Put strike - Ponto A) e vende o direito de compra por 12,00 (Call strike - ponto C), a custo zero. 

Proteção: 20% (até R$ 8). No vencimento, a partir de 20% de queda, o investidor participa na perda da ação. Por exemplo, se a ação cair 28% no período, cliente tem uma perda de 8% 

Alta: No vencimento, participa de uma valorização de até 20% (nível de R$ 12), havendo entrega do papel acima desse preço, a não ser que o investidor recompre o direito de compra que foi vendido (Call).

Custo da Estrutura: normalmente a soma do valor das opções é zero, desconsiderando custos de corretagem e emolumentos

A figura a seguir representa o resultado da estratégia na data de vencimento:

https://lh5.googleusercontent.com/eUyG1jEjW-kMdGcnnE5w_yDWp7CAMrd7mK2TzQAw6L8aY2vqRzFVQLF80kjJcWcchoPFopHechxyUrSD_hhmt0KJ8TqAD3_VQJkDtPUSLnS2_KdByDVrgaZ2TS3EvwlWE292hm8=s0

 

Análise de cenários para o exemplo hipotético:

https://lh4.googleusercontent.com/jtitISTl9UEejiW349x1NVLuYwhvd0_V1l7CynPhS9Hv2eMe1nY1BV6iIFHtgj9U4XH1cMOZnNmpSSWbhcXq-5y4EMQY4uKfWi_3AiNyV6RGEXnSAKg3b3JIWhMN6ey3XqH_P1c=s0

https://lh4.googleusercontent.com/CjiiprrrtRdq5ADNTPhoGtpw39G6_KxfrwNC4BQeLCaEnciT4tUTmMKV67oJMPzDYtwzAHmY3rGOeo4wrDnHw8Es9owE3LHjBObaYdoHkH_jy3Rm8pVNXtFRMIoFQiM0WL10EL0=s0

 

Por fim, é importante deixar claro que o encerramento antecipado, total ou parcial, da operação pode ocasionar em um resultado bastante diferente daquele esperado para o vencimento.

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