Investing.com - A bases para a operação da Oi (OIBR3) para a captação de cerca e R$ 2,5 bilhões foram apresentadas ao mercado pelos bancos de investimentos Morgan Stanley (NYSE:MS) e BTG Pactual (BPAC11), de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal Valor Econômico.Por volta das 11h30 desta segunda-feira, as ações ordinárias da Oi (OIBR3) perdiam 1,05% e eram negociadas a R$ 0,94, enquanto as preferenciais (OIBR4) sobem 0,71% a R$ 1,42.Vale ressaltar que o pregão desta segunda-feira é o décimo quarto seguido que as ações ordinárias da companhia operam abaixo de R$ 1,00. Com 30 sessões consecutivas fechando abaixo de R$ 1,00, a Oi (OIBR3) receberá uma notificação da B3 para apresentar um plano para recuperar a cotação do papel acima de R$ 1,00. Leia mais sobre o assunto clicando aqui.
Emissão de dívida
A publicação informa que a proposta prevê a emissão de títulos garantidos por recebíveis da operação de telefonia móvel, com o prazo de vencimento estimado em cinco anos. Uma fonte disse ao jornal que a taxa de juros dos papéis ainda não foi definida, sendo que recebíveis são os instrumentos financeiros que têm como lastro direitos creditórios, títulos ou cessão fiduciária.O jornal explica que, pela mecânica exposta, seria realizado um depósito de R$ 200 milhões que se referem ao pagamento das faturas de telefonia móvel. O valor seria passado, inicialmente, para uma primeira conta, para depois ser repassado para a operadora. São recursos que vão garantir a dívida assumida pela Oi (OIBR3) com dos detentores dos títulos que vierem e ser emitidos.De acordo com Valor, no caso da Oi (OIBR3) não cumprir com o que estiver combinado no acordo, os valores passariam diretamente para os credores. Desta forma, o Morgan Stanley (NYSE:MS) e o BTG (BPAC11) iniciaram conversações com todos os principais acionistas da companhia, inclusive as gestoras de investimentos GoldenTree e York, que juntas detêm mais de 25% do capital da Oi.A reportagem também destaca que os bancos deram preferência no lastreamento das emissões em dívida de recebíveis, e não em ativos. Nas conversas anteriores, a hipóteses miais provável era cogitar que ativos de fibra óptica da operação móvel da Oi (OIBR3) pudessem ser dados em garantia na operação.A companhia reitera a investidores uma previsão de venda até o fim do ano de sua participação na operadora angolana Unitel. A fatia de 25% no capital da Unitel renderia cerca de US$ 1 bilhão.O jornal destaca ainda que os bancos esperam que a emissão também seja concluída neste ano, mas algumas fontes defendem um prazo maior. A explicação é que a Oi (OIBR3) teria condições, com o atual caixa, de se segurar por mais tempo,De acordo com o valor, até o final de julho, a Oi (OIBR3) tinha R$ 3,62 bilhões em caixa, oque teria caído para R$ 3,2 bilhões em setembro. Fontes explicam que boa parte dessa diferença se deve ao pagamento extraordinário de US$ 82 milhões aos detentores de títulos no exterior.Especulações sobre o caixa da companhia despertam atenções dos investidores, inclusive um boato sobre eventual intervenção da Anatel caso o caixa cesse para manutenção de operação das telefonias fixa e móvel. As dificuldades de caixa também alimentam especulações quanto a possíveis compradores como quais ativos podem ser vendidos para salvar a companhia, que está em recuperação judicial desde 2016. China Mobile, Huwaei, AT&T, Telefonica (MC:TEF) e um consórcio entre Telefonica, TIM (SA:TIMP3) Brasil e Claro já foram apontados como prováveis da Oi (OIBR3) ou de parte de suas operações, como a rede móvel.