sexta, 19 de abril de 2024
Boletim Covid-19

ANS: número de beneficiários de planos de saúde se mantém em 48,4 milhões em agosto

Houve avanço de 0,17% em relação ao mês anterior

24 setembro 2021 - 08h44Por Redação SpaceMoney

O número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica no mês de agosto apresentou um crescimento de 0,17% em relação ao mês anterior e atingiu 48.446.444 usuários.

Considerados o tipo de contratação do plano e a faixa etária do beneficiário, observa-se que a variação se mantém positiva para os beneficiários acima de 60 anos em todos os tipos de contratação no período de um ano.

Os dados são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e constam na edição de setembro do Boletim Covid-19, divulgado na última quinta-feira (23), com dados sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no setor de planos de saúde.

Informações econômico-financeiras

Em relação aos indicadores econômico-financeiros, o boletim aponta uma queda no indicador de sinistralidade (mediana) entre julho e agosto deste ano (82% e 80%, respectivamente).

Na prévia do indicador do 3º trimestre, a sinistralidade de caixa mostra pequena elevação em relação ao trimestre anterior de 2021, todavia patamar menor em relação ao mesmo trimestre de 2019 (pré-pandemia).

Ao se observar o agregado das operadoras do setor no DIOPS, detecta-se queda do resultado líquido no 2º trimestre de 2021 em relação ao montante do 1º trimestre de 2021, bem como patamar inferior ao verificado no 2º trimestre de 2019 (ano pré-pandemia).

A análise dos dados indica que o resultado líquido menos favorável no 2º trimestre de 2021 foi concentrado em grupo de grandes operadoras médico-hospitalares.

Até o momento, a mediana do resultado líquido do setor no 2º trimestre de 2021 indica manutenção de patamares superiores aos verificados em ano pré-pandemia.

Sobre a inadimplência de planos com preço preestabelecido, em agosto de 2021, observa-se redução no valor de inadimplência de planos com preço preestabelecido se comparado com o mês anterior.

Esse valor, assim como os percentuais de inadimplência para planos individuais/familiares e para coletivos, permanece próximo dos seus patamares históricos.

Indicadores assistenciais

Em agosto, observa-se, novamente, uma redução expressiva na proporção de leitos alocados exclusivamente para atendimento à Covid-19 dos hospitais da amostra, chegando a 18%, após ter alcançado os índices mais altos observados desde o início desse monitoramento nos meses de março e abril de 2021 (49%).

A taxa mensal geral de ocupação de leitos – que engloba leitos comuns e UTI – não sofreu alteração em relação a julho, se mantendo em 70% em agosto, e abaixo dos 72% observados em agosto de 2019 (período pré-pandemia).

A comparação com o ano de 2020 não é adequada, uma vez que as medidas de enfrentamento da pandemia adotadas no ano passado provocaram queda na procura por cirurgias eletivas a partir de março de 2020.

Já a ocupação de leitos de UTI para atendimento à Covid-19 apresentou redução de 2 pontos percentuais em relação a julho (de 61% para 59%); já para os leitos comuns, houve aumento de 6 pontos percentuais (de 51% para 57%).

A taxa de ocupação, tanto de leitos comuns como de UTI para demais procedimentos apresenta estabilidade desde fevereiro de 2021.

Sobre os dados
 
Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 105 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e para análise de inadimplência.

Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar.

Adicionalmente, na construção do boletim, foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF), do Sistema de Informação de Beneficiários (SIB), do Padrão para Troca de Informação de Saúde Suplementar (TISS) e do ANS TabNet.