quinta, 25 de abril de 2024
Mudança

American Airlines (AALL34) sobe após anúncio da saída do CEO Doug Parker

Parker tinha ganhado fama por alegar ter livrado o ramo de viagens aéreas das garras do ciclo de negócios, usando esse argumento como o pretexto para uma rápida expansão de recompra de ações e dividendos nos últimos cinco anos

07 dezembro 2021 - 16h50Por Investing.com

Por Dhirendra Tripathi, da Investing.com – As ações da American Airlines (NASDAQ:AAL) (SA:AALL34) negociaram em alta de 0,98% às 16h10 (horário de Brasilia) desta terça-feira (07), depois que a aerolinha divulgou que seu CEO, Doug Parker, deixará o cargo no final de março.

Os papéis estavam cotados a US18,11. Já o BDR teve alta de 0,83%, negociado a R$101,98.

Ele será substituído por Robert Isom, atual presidente da empresa. Parker tinha ganhado fama por alegar ter livrado o ramo de viagens aéreas das garras do ciclo de negócios, usando esse argumento como o pretexto para uma rápida expansão de recompra de ações e dividendos nos últimos cinco anos.

Isso deixou a empresa sem capital e dependente de subsídios do governo quando foi atingida pela pandemia no início de 2020. 

Isom também se tornará membro do conselho de administração da companhia aérea na mesma data, enquanto a Parker, que liderou a empresa por 20 anos, continuará como presidente do conselho.

Nomeado presidente da companhia aérea em 2016, Isom tem mais de três décadas de experiência em finanças, operações, planejamento, marketing, vendas, alianças, preços e gestão de receitas.

Isom assume o controle num momento em que toda o setor ainda está se recuperando da pandemia. A recuperação incipiente, marcada pela suspensão das restrições aos voos transatlânticos de chegada, foi ameaçada na última semana pela descoberta da nova cepa ômicron.

Isso levou diversos países, incluindo os EUA, a trazer de volta restrições sobre viagens aéreas, embora de uma forma mais limitada.

A American Airlines voltou a registrar lucro no terceiro trimestre e anunciou que irá incrementar sua capacidade a fim de atender à demanda crescente.

O lucro do terceiro trimestre foi de US$ 169 milhões, em comparação com um prejuízo de US$ 2,39 bilhões no período entre julho e setembro do ano passado. Excluindo itens especiais, a empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 641 milhões no terceiro trimestre.

A companhia aérea afirmou em outubro que espera que a sua capacidade no quarto trimestre seja inferior em, no máximo, 13% em relação ao quarto trimestre de 2019. Ela espera ainda que a receita do quarto trimestre seja cerca de 20% menor.