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O que é o Tesouro Direto?

18 fevereiro 2019 - 22h59Por Redação SpaceMoney
Descubra tudo sobre a modalidade de investimento que tem conquistado cada vez mais adeptos Investir faz parte dos seus planos? Então, saiba que o Tesouro Direto pode ser uma boa forma de começar a se aventurar nesse universo. Esse tipo de investimento tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos, batendo recordes seguidos de número de investidores ativos. Mas antes de começar, é importante saber o que exatamente é o Tesouro Direto, como essa modalidade de investimentos funciona e por onde começar. Afinal, para seguir pelo caminho das boas escolhas, é importante saber exatamente qual a melhor rota. Por isso, descubra a seguir tudo o que você precisa saber sobre o Tesouro Direto antes de investir.

O que é o Tesouro Direto, afinal?

Você já leu uma série de definições sobre o que é o Tesouro Direto, mas ainda não ficou muito claro em que consiste exatamente esse negócio? A seguir há uma explicação bem simples e que pode ajudar a esclarecer essa dúvida. Criado em 2002, o Tesouro Direto não é um investimento em si, mas sim um programa online criado pelo governo com o papel de tornar mais simples a emissão e aquisição de títulos públicos que financiam a dívida do país. Isso significa que cada título emitido, seja qual for o valor, representa um débito do governo – o valor mínimo de um título pode chegar a R$ 60. Sendo assim, ao comprar um título do Tesouro Direto, você passa a ser credor do governo, e será remunerado com juros enquanto mantiver a posse dele.

Quais os tipos de títulos do Tesouro Direto?

Sabendo que por meio do Tesouro Direto é possível comprar títulos e "emprestar" dinheiro para o governo em troca de receber juros por isso, é hora de entender como funciona na prática. Ao decidir investir nesses títulos, é necessário, antes de mais nada, conhecer as diferentes formas de remuneração.

Títulos prefixados

Os títulos prefixados são aqueles que dizem exatamente quanto você irá receber lá no vencimento. Ou seja, não há incertezas ou mudanças no meio do caminho, pois o percentual de juros é determinado assim que o título é disponibilizado para compra. Por exemplo, no dia 23 de outubro, havia um título prefixado disponível com vencimento em 2025 e retorno de 6,14% ao ano. A melhor parte é que esse título específico podia ser adquirido pelo valor de R$ 734,83 (integral) ou por uma quantia mínima de R$ 36,74 – nesse caso com uma rentabilidade proporcional.

Títulos pós-fixados

Por outro lado, os títulos pós-fixados podem sofrer alterações diárias até a sua data de vencimento; isso porque o que determina o seu rendimento é um indexador externo, que pode ser a taxa básica de juros (Selic) ou a inflação (IPCA). Isso significa que você pode adquirir um título pós-fixado quando a Selic atinge um nível mais alto, o que significa altos rendimentos, mas correr o risco de essa taxa abaixar de forma igualmente avassaladora meses depois – o que, consequentemente, fará seu título perder valor. Aqui é possível citar também um exemplo de título pós-fixado que estava disponível para compra no Tesouro Direto. Com vencimento em 2050 e atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o rendimento correspondente pagava a inflação mais 3,32% – nesse caso, com juros semestrais.

Juros semestrais

Falando em juros semestrais, essa é outra diferenciação que deve ser feita sobre os títulos do Tesouro Direto. Ao adquirir um título de juros semestrais, se em 6 meses o valor investido acumular R$ 300, esse montante ficará disponível para retirada. Nestes casos, os títulos pagam os juros a cada seis meses, fazendo com que o investidor receba o rendimento ao longo do período da aplicação, diferente dos outros, que pagam apenas na data estipulada de vencimento. A vantagem é a liquidez, pois há a garantia de recebimento de um valor determinado a cada semestre. A desvantagem é que, nesse caso, não há juros sobre juros, ou como também é conhecido: juros compostos.

Juros compostos

Diferentemente dos juros semestrais, que sempre são calculados sobre o valor inicialmente aplicado, os juros compostos são aferidos a partir do valor investido acrescido dos juros acumulados em determinado período. Ou seja, se uma pessoa adquire um título no valor de R$10 mil, e no mês seguinte esse valor já está em R$10.200, os juros passam a ser calculados sobre os R$10.200. Esse é o cenário ideal para quem quer acumular cada vez mais dinheiro.

Como investir no Tesouro Direto?

Depois de saber mais sobre como funciona, a essa altura do campeonato você pode estar com vontade de colocar logo o seu dinheiro no Tesouro. Mas, antes de mais nada, é necessário que você tenha uma conta em um banco habilitado ou em uma corretora de investimentos. Essa etapa não pode ser pulada, pois é por meio da conta da corretora que o seu dinheiro será enviado para o título adquirido. Ainda não existe outro caminho. Logo que o Tesouro Direto foi criado, os aspirantes a investidores não tinham muitas opções se não investir por meio dos grandes bancos. Contudo, as instituições financeiras tradicionais costumam cobrar caro por esse serviço de meio de campo, o que acaba "comendo" a rentabilidade do título no final das contas. Hoje, existem várias corretoras digitais em que é possível abrir uma conta em poucos minutos e pagar muito pouco – ou nada – pelo serviço. No próprio site do Tesouro há uma lista contendo todas as instituições habilitadas. Com a conta já criada, basta escolher o título que mais está de acordo com os seus objetivos, considerando rentabilidade, vencimento, valor mínimo a ser investido, se é pré ou pós-fixado e os juros, que podem ser compostos ou semestrais. Viu como é fácil investir no Tesouro Direto? É mais rentável que poupança, oferece mais opções e o melhor: é igualmente seguro. É por isso que o número de investidores do Tesouro não para de crescer.

Vantagens do Tesouro Direto

  • Um dos investimentos mais seguros do mercado;
  • Possui uma alta liquidez;

Desvantagens do Tesouro Direto

  • Os rendimentos são tributados de acordo com a tabela regressiva de imposto de Renda;
  • Algumas corretoras e bancos cobram uma taxa de administração para a aplicação desses títulos;
  • .Há a cobrança de 0,25% ao ano de taxa de custódia da B3 (Bolsa de Valores)

Tributação

  • É feita de acordo com a tabela regressiva de IR. A tabela a seguir informa o valor dos impostos cobrados: 
Período de aplicação Tributação
Entre 0 e 6 meses Imposto de 22,5% sobre a rentabilidade
Entre 6 e 12 meses Imposto de 20% sobre a rentabilidade
Entre 12 e 24 meses Imposto de 17,5% sobre a rentabilidade
Superiores a 24 meses Imposto de 15% sobre a rentabilidade
 
  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): caso a operação seja encerrada em até 30 dias, é aplicado o IOF.
Número de dias % limite tributada do rendimento Número de dias % limite tributada de rendimento
1 96% 16 46%
2 93% 17 43%
3 90% 18 40%
4 86% 19 36%
5 83% 20 33%
6 80% 21 30%
7 76% 22 26%
8 73% 23 23%
9 70% 24 20%
10 66% 25 16%
11 63% 26 13%
12 60% 27 10%
13 56% 28 6%
14 53% 29 3%
15 50% 30 0%