quinta, 25 de abril de 2024
Disparada do ouro

Ouro tem terceiro dia de alta próximo às máximas de setembro

Metal fecha pelo terceiro dia consecutivo na casa das máximas de setembro de quase US$ 1.830 por onça

08 novembro 2021 - 17h45Por Investing.com

Por Barani Krishnan, da Investing.com - Será que o ouro finalmente chegou ao ponto de uma disparada?

Parece que sim, depois de o metal fechar pelo terceiro dia consecutivo na casa das máximas de setembro de quase US$ 1.830 por onça.

Mais importante, isso acontece num momento em que os rendimentos do Tesouro subiram — normalmente um fator negativo para o ouro — embora o dólar mais fraco tenha se provado um suporte para o ouro.

A questão é: será que esse movimento consegue se sustentar em meio a uma série de repiques de resistência?

"A primeira resistência é de US$ 1.835, e ela precisa ser superada de forma convincente", afirmou Phillip Streible, estrategista de metais preciosos da Blue Line Futures, de Chicago. "Estou aconselhando meus clientes a entrarem em opções para evitar que se transformem em apostadores nos futuros. Vou precisar de dois dias de fechamento na casa dos US$ 1.840 para orientá-los a comprar".

O contrato mais ativo dos futuros de ouro dos EUA para dezembro fechou em alta de US$ 11,20, ou 0,6%, a US$ 1.828 por onça.

Desde o seu último fechamento no vermelho, na quinta-feira, o ouro para dezembro avançou pouco mais de US$ 64, ou 3,6%.

Embora o ouro seja, teoricamente, uma proteção contra a inflação, ele mal fez jus a essa fama ao longo do ano passado, quando a incessante especulação quanto ao Federal Reserve será forçado a elevar as taxas de juros antes do esperado causou um rali nos rendimentos do Tesouro e no dólar, às custas do ouro.

Essa tendência desabou na semana passada, depois de o presidente do Fed, Jay Powell, ter assegurado pela enésima vez que o banco central será paciente com a subida das taxas, que só deverão ocorrer após meados de 2022 e, mais provavelmente, próximo ao fim do ano.