Previsões apontam para alta da Selic

Bancos aumentam taxas de CDBs com expectativa de alta da Selic, diz pesquisa

Com a previsão de aumento da Selic, os bancos estão elevando as taxas dos CDBs, oferecendo rendimentos de até 15% ao ano

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Com a expectativa de alta da taxa Selic, os bancos estão aumentando as remunerações oferecidas aos investidores que compram seus Certificados de Depósito Bancário (CDBs), segundo a InfoMoney.  

Um levantamento da Quantum Finance, realizado a pedido do InfoMoney, analisou 251 CDBs emitidos entre os dias 21 de agosto e 4 de setembro. Segundo os dados, houve um aumento nas taxas médias de todos os indexadores: pós-fixados, atrelados à inflação e prefixados. Há títulos pagando até 15% ao ano. 

CBDs pós-fixados em alta 

Os CDBs pós-fixados, que pagam uma parcela do CDI, tiveram um grande crescimento no número de emissões e nas remunerações médias.  

Segundo a analista Marília Fontes, da Nord Research, “se as taxas de juros estão baixas e você espera que subam, um pós-fixado pode ser mais vantajoso”.  

Além disso, os pós-fixados com vencimento em três meses destacaram-se na quinzena analisada, com a remuneração subindo de 98,98% do CDI (entre 6 e 20 de agosto) para 100,61%. Para títulos de longo prazo, com vencimento em três anos, a taxa média subiu de 100,15% para 110,50% do CDI. 

Prefixados também valorizam  

Os CDBs prefixados, por sua vez, registraram altas nas taxas em setembro, especialmente para os papéis com vencimento em períodos mais longos. Títulos prefixados com três anos de duração subiram de 11,86% para 12,54% ao ano, enquanto os de dois anos passaram de 11,49% para 11,83%.  

“Se as taxas estão altas e você espera que caiam, um pré-fixado pode ser a melhor escolha”, aponta Marília da Nord Research. 

Mesmo em períodos mais curtos, como seis meses, houve valorização: a remuneração média passou de 10,18% para 10,62% ao ano. Entre todos os papéis analisados, o maior retorno foi oferecido pela Simpala Financeira, com uma taxa de 15% ao ano. 

CDBs atrelados ao IPCA apresentam crescimento 

Seguindo essa tendência, os títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) voltaram a valorizar em agosto, com suas taxas de juros reais subindo de 6,15% para 6,19% ao ano nos papéis com vencimento em dois anos.  

Uma novidade para esse tipo de indexador foi o retorno de emissões com prazos de 12 meses, com taxas de IPCA + 6,95% e IPCA + 7%. 

Alta da taxa Selic

Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (9), apontam que projeções dos analistas para a inflação seguem em alta neste ano. Assim, a estimativa para o IPCA) de 2024 subiu de 4,26% para 4,30%.