quarta, 24 de abril de 2024
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Veja 5 dicas para não cair no golpe do empréstimo empresarial

Especialista aconselha que o empreendedor jamais realize pagamentos antecipados para ter o crédito PJ aprovado

14 julho 2021 - 14h56Por Redação SpaceMoney
Golpistas utilizam indevidamente o nome de instituições financeiras ou fintechs para abordar pessoasGolpistas utilizam indevidamente o nome de instituições financeiras ou fintechs para abordar pessoas - Crédito: Foto: Getty Images

Os últimos anos foram marcados por um aumento expressivo de golpes digitais. Segundo o Instituto de Segurança Pública, os ataques virtuais cresceram 200% só no Rio de Janeiro ano passado, quando comparado com 2019.

Além disso, uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também mostrou que, nos primeiros meses de 2021, foi registrado um aumento de 100% nos ataques de phishing - técnica de engenharia social usada para enganar usuários e obter dados confidenciais. E no contexto empresarial, o cenário é bem parecido.

"As modalidades de golpes são inúmeras, mas um tipo que chama cada vez mais atenção acontece nas redes sociais. Golpistas utilizam indevidamente o nome de instituições financeiras ou fintechs para abordar pessoas, principalmente no Instagram ou Facebook, com o objetivo de oferecer falsos empréstimos PJ. Depois, para que o suposto crédito seja liberado, é solicitado um pagamento antecipado ao empreendedor que, sem desconfiar de que se trata de um golpe, realiza o depósito. No fim, além de não ter o empréstimo prometido, a vítima ainda leva um grande prejuízo financeiro", explica Bruno Israel, head de marketing da BizCapital, fintech de soluções financeiras para pequenas e médias empresas.

O executivo separou cinco dicas para que o empreendedor possa reconhecer e se proteger do golpe:

1. Não faça pagamentos antecipados

Quando a empresa pede depósito antecipado, cuidado! Esse é um grande sinal de que você está prestes a cair em um golpe. Não é usual que instituições financeiras idôneas trabalhem com pagamentos antecipados para a liberação de crédito. Além de não fazer transações de valores antecipados, você também não deve fornecer a sua documentação antes de decidir concretizar o empréstimo empresarial.

2. Jamais divulgue dados sigilosos

Não compartilhe dados pessoais ou bancários, senhas, tokens e códigos de segurança para outras pessoas. Com essas informações, criminosos podem clonar documentos, realizar compras em seu nome e até aplicar golpes em outras pessoas se passando por você.

3. Desconfie de abordagens suspeitas, links e taxas abaixo do normal

Os golpistas entram em contato com suas potenciais vítimas para oferecer vantagens, benefícios e taxas de juros abaixo do praticado no mercado. Além disso, grande parte dos golpes são compartilhados por meio de links falsos em redes sociais e mensageiros, como o WhatsApp. Antes de clicar em qualquer link ou aceitar ofertas muito vantajosas, desconfie e procure saber se aquela proposta é realmente verdadeira.

4. Peça crédito PJ no lugar certo

Para não ser enganado, você precisa ter muita cautela ao escolher uma instituição financeira ou fintech para obter empréstimo. Procure sempre por empresas com boa reputação no mercado e que sejam autorizadas pelo Banco Central. Para fazer essa consulta, basta acessar o site do Banco Central e buscar a opção "Encontre uma Instituição" ou pelo telefone 145.

5. Antes de fechar negócio, pesquise o que outras pessoas falam da empresa

Ao considerar uma instituição para solicitar o seu crédito empresarial, pesquise se ela tem casos de reclamações graves ou até mesmo indicações de clientes que já foram lesados. O Google, as redes sociais e os sites de proteção ao consumidor, como Reclame Aqui e Procon, são ótimas ferramentas para encontrar a homepage da instituição, avaliações e comentários de clientes.

"É fundamental que as pessoas denunciem qualquer perfil que pareça suspeito. As redes sociais, por exemplo, têm caminhos bem simples para denunciar e bloquear perfis. Além disso, é importante que os usuários alertem as empresas que estão sendo usadas como isca para golpes - assim, elas também podem tomar medidas legais contra a prática criminosa e reduzir o risco para o consumidor", finaliza Israel.

Com informações de NR-7 Comunicação.