sexta, 19 de abril de 2024
Home office

Situação de trabalho remoto variou bastante nos estados em 2020

São Paulo teve maior contingente de trabalhadores e DF maior percentual

31 agosto 2021 - 10h11Por Redação SpaceMoney
 - Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (31/8), uma nota sobre o trabalho remoto no Brasil durante a pandemia de covid-19, com base nas médias para o ano 2020, obtidas por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo mostra que houve grande diversidade na intensidade do trabalho remoto entre os Estados: enquanto no Distrito Federal, 23,6% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho fizeram home office ao longo de 2020, no Pará, esse percentual foi de 3,5%.

Em 2020, o total de pessoas empregadas no Brasil era de 74 milhões, sendo que 8,2 milhões, ou seja, 11% trabalharam de casa. O estado que teve o maior número de pessoas trabalhando em home office foi São Paulo, com 2,9 milhões, seguido por Rio de Janeiro, com 1,1 milhão, e Minas Gerais, com 700 mil profissionais. Enquanto isso, os menores números foram observados no Amapá (16 mil), Acre (14 mil) e em Roraima (13 mil).

O estudo mostrou que, apenas três estados e o Distrito Federal apresentaram resultados acima dessa média nacional, em pontos percentuais: DF (+12,6 p.p.), Rio de Janeiro (+7,7 p.p.), São Paulo (+4,9 p.p.) e Paraíba (+1,1 p.p.). Em contrapartida, Pará (-7,5 p.p.), Mato Grosso (-6,4 p.p.) e Maranhão (-6,1 p.p.) foram os estados com mais de 6 pontos percentuais abaixo da média nacional, apresentando os menores percentuais.

No que diz respeito ao perfil de quem esteve em home office em 2020, observou-se um percentual maior de mulheres, pessoas declaradas brancas e com escolaridade de nível superior completo.

"Há uma grande heterogeneidade do trabalhador remoto entre os estados brasileiros, o que pode ser reflexo das diferenças estruturais profundas nas economias e nos mercados de trabalho locais", avaliou o pesquisador do Ipea, Geraldo Góes, que redigiu a nota em coautoria com Felipe Martins e José Antônio Sena Nascimento.

 

*Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação do Ipea