sábado, 20 de abril de 2024
Aposentadoria

Previdência privada: como se planejar e quando começar a investir

14 janeiro 2021 - 13h41Por Redação SpaceMoney

Segundo levantamento realizado no início de 2020 pela Universidade de Oxford, cerca de 53,9% dos brasileiros não têm nenhum tipo de proteção de renda, seja previdência privada ou seguro de vida. O número reflete o pouco planejamento financeiro de parte da população.

Para Márcia Silva, gerente de investimentos na Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP,  investir cedo em previdência é um passo importante para a organização das finanças pessoais. "Não existe idade certa para começar. Quanto antes comprometer um valor da renda mensal com as parcelas da previdência, melhores são os ganhos".

Existem dois tipos de previdência que tem diferença nos modelos de tribulação. Há o PGBL (plano gerador de benefício livre), que é indicado para quem faz a declaração do imposto de renda (IR) pelo formulário completo e contribui para a Previdência Social. Com ele, é possível deduzir da base de cálculo do IR as contribuições feitas ao plano de previdência complementar até o limite de 12% da renda bruta anual. Já o VGBL (vida gerador de benefício livre) não há dedução na declaração do imposto anual, é destinado para aqueles que utilizam o formulário simplificado do IR ou não têm renda a declarar.

Em relação ao tipo de tributação, há o plano regressivo ou progressivo. "No regressivo, as alíquotas cobradas começam em 35% e vão caindo ao longo do tempo, chegando a menor alíquota de 10%. No progressivo, em caso de resgate, é cobrado imposto de renda antecipado na fonte com alíquota fixa de 15%. A diferença (12,5%) será ajustada na declaração anual do ano seguinte. É vantajoso para investimentos de longo prazo", explica a especialista.

Outra dica, segundo Márcia, é ficar de olho no indexador: "você receberá o valor aplicado acrescido na rentabilidade de acordo com o mercado e com o índice escolhido na contratação do plano, que pode ser, por exemplo, o IPCA, CDI, SELIC ou IBOV. O indexador e a frequência dos aumentos devem constar no regulamento e na cláusula de atualização monetária".

Confira, na tabela abaixo, um exemplo de previdência privada com aplicação mensal de R$ 300, saída aos 65 anos e média de rentabilidade* em 5% ao ano. A troca de indexadores é imprescindível para que o planejamento esteja de acordo com as necessidades futuras.

Idade de início do planejamento

Tempo de contribuição Valor na saída aos 65 anos
18 anos 47 anos R$ 655.795,38
25 anos 40 anos R$ 444.757,41
30 anos 35 anos R$ 332.538,91
35 anos 30 anos R$ 244.612,78
40 anos 25 anos R$ 175.720,36

*A média de rentabilidade pode variar para mais ou para menos de acordo com a gestão da carteira.

*Com informações de TM Comunicações