sábado, 20 de abril de 2024
O que influencia o dia

Política de preços da Petrobras (PETR4), China e mais: veja as principais notícias de hoje (16)

Fique por dentro dos cinco principais assuntos que movimentarão os mercados em todo o mundo nesta segunda-feira

16 maio 2022 - 08h44Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Os preços do trigo disparam para uma alta de dois meses depois que a Índia proibiu as exportações, e, com isso, alimentou temores de uma escassez global de alimentos.

JetBlue Airways Corp (NASDAQ:JBLU) se torna hostil em sua oferta pelo Spirit Airlines Inc (NYSE:SAVE).

As ações devem abrir em baixa, à medida que os temores de baixo crescimento e inflação alta persistem.

Os esforços de Vladimir Putin para impedir a expansão da OTAN saem pela culatra, e a economia da China desacelera ainda mais devido aos bloqueios.

No Brasil, novos capítulos na novela da Petrobras (PETR4).

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na segunda-feira, 16 de maio:

1. Preços do trigo sobem com a proibição de exportações da Índia

Os preços do trigo atingiram seu nível mais alto em mais de dois meses na segunda-feira, com a decisão da Índia no fim de semana de impor uma proibição de exportação, alimentando ainda mais os temores de uma crise global de alimentos.

Às 08h06, o contrato do primeiro mês para o trigo dos EUA era cotado a US$ 1.228,50, alta de 4,38%, tendo chegado mais cedo, pouco abaixo do nível de US$ 1.250.

As exportações indianas tornaram-se uma importante fonte provisória de abastecimento para os mercados mundiais após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Uma longa onda de calor arruinou as perspectivas para a colheita deste ano e a súbita ameaça ao abastecimento doméstico de alimentos levou o governo a revisar uma abordagem inicialmente relaxada às exportações.

2. Novela na Petrobras (SA:PETR4)

O novo ministro de Minas e Energias, Adolfo Sachsida, teria passado para o Planalto a responsabilidade de discutir a política de preços da Petrobras, segundo o Valor Econômico.

A decisão colocaria o presidente da estatal, José Mauro Coelho, em uma situação complicada, já que ele teria que negociar a paridade do preço do combustível ao mercado internacional com o presidente Jair Bolsonaro, que é crítico ao sistema no seu discurso eleitoral.

As fontes consultadas pelo Valor Econômico afirmam que Coelho estaria isolado, uma vez que foi indicado pelo ex-ministro Bento Albuquerque, e que até mesmo a sua posição na Petrobras estaria sob risco.

Ontem, 15, Bolsonaro afirmou que Sachsida tem “carta branca” para decidir o futuro de Coelho dentro da estatal.

Enquanto isso, no calendário econômico, o Banco Central comunicou na sexta-feira, 13, que o Boletim Focus e o IBC-Br não serão divulgados hoje, como o programado anteriormente.

O adiamento está relacionado à greve dos servidores da autarquia, que foi retomada no começo de maio.

Às 08h08, o ETF EWZ estava a US$ 31,89.

3. Mercado de ações americanas

Memórias dolorosas das últimas semanas continuam a assombrar os mercados de ações, e os mercados dos EUA devem abrir em baixa novamente mais tarde.

O clima está pesado após comentários no fim de semana do ex-CEO do Goldman Sachs (NYSE:GS), Lloyd Blankfein, de que os riscos de um recessão nos EUA aumentaram significativamente.

As notícias de que o salário médio dos CEOs subiram para um recorde de US$ 14,7 milhões no ano passado também serão difíceis de engolir para alguns investidores agora com grandes perdas.

Às 08h12, os futuros da Nasdaq 100 recuavam 0,48%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones caíam 0,34% e 0,16%, respectivamente.

Um discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams, às 9h55, se destaca em um calendário de dados amplamente vazio, enquanto os registros trimestrais regulares da indústria de fundos de hedge fornecerão algum interesse em relação aos fluxos.

A Tower Semiconductor e Weber lideram um calendário de resultados igualmente escasso.

Outras ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem Ford (NYSE:F) e Rivian, depois que a primeira anunciou que havia descartado outros 7 milhões de ações da última após o fechamento na sexta-feira.

Separadamente, o McDonald's estará em foco depois de dizer que sairá de seus negócios na Rússia.

4. A economia chinesa cambaleia novamente com os bloqueios

Três dados econômicos importantes da China ficaram aquém das expectativas em abril, destacando os danos causados pelos bloqueios prolongados que assolam Xangai e outros grandes centros populacionais para acabar com o COVID-19.

As vendas no varejo caíram 11,1% no ano em abril, bem abaixo da queda de 6,5% esperada, e agora estão em queda de 0,2% ano-a-ano nos primeiros quatro meses do ano.

As fábricas do país se saíram um pouco melhor: a produção industrial caiu 2,9% no ano, em comparação com as expectativas de que o crescimento desaceleraria apenas para 0,4%.

O crescimento do investimento em ativos fixos permaneceu positivo, pelo menos, mas desacelerou de 9,3% para 6,8%.

Os ativos chineses receberam mal a notícia, com o índice Shanghai Shenzhen CSI 300 caindo 0,8, e o yuan offshore caindo 0,2%, para 6,8072.

O dólar subiu cerca de 8% em relação ao yuan nos três meses desde que a variante Ômicron do Covid-19 forçou a China a implementar seus primeiros grandes bloqueios desde os estágios iniciais da pandemia em 2020.

A notícia não impediu os analistas do JP Morgan de atualizar um monte de empresas de tecnologia chinesas, apenas algumas semanas depois de apelidá-las de 'não investíveis' em um relatório.

5. Lucros recordes da Aramco

A Saudi Aramco (TADAWUL:2222) mostrou por que desbancou a Apple (NASDAQ:AAPL) como a empresa mais valiosa do mundo, registrando lucro recorde no primeiro trimestre.

O lucro líquido subiu 82%, para US$ 39,5 bilhões, amplamente em linha com as previsões de analistas, já que os preços do petróleo dispararam após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Esses fatores continuam a sustentar os preços: a Alemanha disse na segunda-feira que está disposta a avançar com um embargo às importações de petróleo russo, mesmo sem o apoio unânime do resto da UE.

O sexto pacote de sanções da UE, que encerraria as importações de petróleo e produtos refinados russos até o final do ano, foi adiado pela oposição da Hungria e de outros estados membros da Europa Central e Oriental.

Às 08h17, os preços do petróleo nos EUA caíram 0,88%, a US$ 107,67 o barril, em grande parte em resposta aos dados chineses, enquanto o petróleo Brent caiu 1%, a US$ 110,44.

Uma perspectiva cautelosa da Ryanair (NASDAQ:RYAAY), a maior companhia aérea de descontos da Europa, também manteve os touros sob controle.