Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com - Os papéis ordinários da Wiz (SA:WIZS3) caíam 6,88% na tarde desta quinta-feira (26) após a Polícia Federal cumprir 13 mandados de busca e apreensão na sede da companhia na Operação Canal Seguro, desdobramento da Operação Descarte.
Segundo a PF, a investigação contou com a participação da Receita Federal e do Ministério Público Federal e conseguiu identificar “mais uma organização criminosa dedicada à prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, especialmente gestão fraudulenta e desvio de valores de instituição financeira, além de crimes contra a ordem tributária e lavagem de ativos”.
Três dos diretores da companhia teriam praticado atos de gestão fraudulenta e desviado valores que podem chegar a R$ 28,3 milhões, mediante diversas transferências a título de pagamento por prestação de serviços, superfaturados ou que na verdade não foram realizados, informou a PF. A prática teria ocorrido entre 2014 e 2016.
A Wiz declarou, em fato relevante divulgado pouco antes da abertura do mercado de quinta-feira e em mensagem posterior à imprensa, na parte da tarde, desconhecer qualquer indício da prática dos ilícitos investigados e que “adotará as medidas necessárias para a apuração completa dos fatos alegados”.
Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, que teve acesso à decisão judicial, os três investigados seriam Alexandre Siqueira Monteiro, Thierry Marc Claude Claudon e Camilo Godoy. Em comunicado publicado após o fechamento do mercado de quinta, a Wiz declarou ter identificado que os fornecedores mencionados na decisão judicial não prestam mais serviços à companhia.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, em comunicação via e-mail nesta segunda-feira (30), os investigados seriam ex-diretores. A companhia não menciona nomes.
*Atualizada em 30 de novembro com esclarecimentos sobre investigados