sexta, 29 de março de 2024
Commodities

Petróleo estável após queda na manhã com previsão de menor crescimento da demanda

A Agência Internacional de Energia cortou a previsão da demanda de petróleo para o ano, com menção à propagação da variante delta do coronavírus

12 agosto 2021 - 14h00Por Investing.com

Por Peter Nurse, da Investing.com - Os preços do petróleo perderam força na quinta-feira depois que a Agência Internacional de Energia cortou a previsão da demanda de petróleo para o ano, mencionando a propagação da variante delta do coronavírus.

Às 13h08, os futuros do petróleo WTI tinham leve alta de 0,13%, a US$ 69,34 o barril, enquanto os futuros do Brent tinham ganhos pequenos de 0,08%, a US$ 71,50 o barril.

Os futuros da gasolina RBOB caíam 0,6%, a US$ 2,2880 o galão.

A Agência fez projeções nesta quinta-feira de que o aumento da demanda seria de meio milhão de barris por dia a menos na segunda metade do ano comparado às estimativas do mês passado, “conforme as novas restrições impostas devido à Covid-19 a vários grandes consumidores de petróleo, particularmente na Ásia, influenciem na mobilidade e no uso de combustível. "

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também divulgou seu relatório mensal na quinta-feira, mas manteve a previsão de alta na demanda global de petróleo para 2021 e 2022, enquanto as estimativas para o crescimento da economia global também foram elevadas.

As evidências do impacto do surto de Covid na China vieram com o fechamento de um terminal de contêineres em Ningbo, onde um caso da doença foi registrado nesta semana. A variante delta foi detectada em mais de uma dúzia de cidades desde o final de julho e as restrições impostas decorrente disso estão começando a impactar a economia do segundo maior consumidor de petróleo do mundo.

Os ânimos foram abalados na quarta-feira pelo pedido do presidente dos EUA, Joe Biden, para que os principais produtores de petróleo aumentassem a produção com o intuito de combater o aumento dos preços da gasolina.

A OPEP e aliados, conhecidos como OPEP+, estão em processo de restaurar o corte recorde de produção de 10 milhões de barris por dia implementado nos primeiros dias de pandemia.

Em julho, o grupo concordou no aumento da produção em 400.000 bpd por mês a partir de agosto até que o corte de produção seja totalmente reestabelecido.

“Esperamos grande relutância dos sauditas e do grupo em geral em aumentar ainda mais a produção, especialmente dada a incerteza contínua sobre a propagação da variante delta”, afirmaram analistas do ING, em nota.