Em 2021, o mercado cripto teve crescimento exponencial, superando algumas modalidades de investimento mais tradicionais.
Em janeiro de 2021, a capitalização do mercado de criptomoedas era de mais de US$ 220 bilhões, já em janeiro deste ano, a capitalização total superou a casa do US$ 1,3 trilhão, representando um aumento de mais de 475%, de acordo com informações do site CoinMarketCap.
Tal aumento tem a ver com a popularização do setor e a criação de novas moedas.
Atualmente, o mercado conta com mais de 17 mil cripto ativos disponíveis para negociação. Entre esses novos tokens, um movimento que ganhou força foi o de “moedas meme”. Os tokens atraem a atenção de novos investidores por possuírem valores relativamente baixos, custando até centavos.
Mas para quem deseja aderir à moda de investir em tokens meme, precisa atentar-se aos riscos, entendendo os principais comportamentos destes ativos.
Wilton Gomes, analista de operações financeiras da BlueBenx, explica o que precisa ser considerado antes de fazer um aporte neste tipo de ativo.
“Os tokens memes se validaram muito pelo hype do crescimento da comunidade e influências de Elon Musk no ano passado. Daqui para frente, será importante entender a fundo os projetos, quem são os desenvolvedores, roadmap, comunidade, junto o crescimento do número de investidores que aportam no ativo.”, avalia.
O especialista explica um pouco sobre os três criptomemes que se tornaram mais populares nos últimos meses, que são a Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) e a mais recente Baby Doge Coin (BABYDOGE).
Dogecoin (DOGE)
Como o próprio meme já indica, as memecoins são criptomoedas baseadas em memes populares da internet. A mais famosa delas, Dogecoin (DOGE), foi criada a partir de um meme de cachorro da raça Shiba inu, em dezembro de 2013.
Mas só em 2020 que a moeda começou a se tornar popular, quando um usuário do Tik Tok indicou a compra do ativo pela rede social, que fez o preço disparar. Em 2021, a memecoin foi impulsionada após declarações do CEO da Tesla favoráveis ao token.
Do início de janeiro de 2021 a maio, quando atingiu seu topo histórico em pouco mais de US$ 0,64, sua valorização foi de mais de 6000%. Atualmente, a Dogecoin está na 12ª posição de capitalização do mercado, com o acumulado de mais de US$ 16 bilhões, segundo informações do CoinMarketCap.
Shiba Inu (SHIB)
Aproveitando a carona de sucesso da Dogecoin, foi então criada a Shiba Inu em 2020, também conhecida como “Dogecoin killer” para ser sua rival.
Mas, diferente da Dogecoin, a Shiba Inu já possui um projeto estruturado com objetivos mais fundamentados, incluindo o limite máximo de fornecimento de 1 quatrilhão de tokens, enquanto a Doge não possui um limite de emissão.
Ocupando a 14ª posição no ranking, a SHIB soma mais de US$ 13 bilhões em capitalização de mercado.
“O Shiba Inu, possui alguns aspectos interessantes, por estar ligada ao mercado DeFi, que permite aos investidores bloquearem suas moedas, além da queima de tokens, que diminui a oferta no mercado e ajuda na valorização. É preciso destacar a crescente adesão de usuários do token. Também existe um projeto de criação de um metaverso próprio, que será chamado de Shibaverse. Com estes fatores, há uma expectativa positiva no longo prazo”, pontua Gomes.
Baby Doge Coin (BABYDOGE)
A Baby Doge Coin é uma das apostas mais recentes dos investidores cripto e a mais nova da categoria de memecoins.
Criada em junho de 2021, a Baby Doge Coin é um token meme deflacionário que realiza queimas periodicamente e recompensa seus investidores com a distribuição gratuita para quem mantém a cripto na carteira.
A nova criptomoeda também tem o objetivo de contribuir com projetos sociais destinados ao resgate e cuidado de animais.
Diferente da Dogecoin e Shiba Inu, a Baby Doge ainda não está listada em grandes exchanges, como Binance e Coinbase e esse fator é justamente uma das expectativas de seus investidores que aguardam uma valorização após o anúncio nessas corretoras.
Hoje, a Baby Doge possui uma capitalização de mercado de mais de US$ 460 milhões.
“As memecoins são diretamente afetadas pelo mercado cripto em geral e a amplitude de sua oscilação. Com a queda no início de janeiro, essa categoria de tokens sofreu correções importantes, mas no cenário de alta, tiveram performances melhores do que os principais ativos de mercado. Por isso, quem deseja investir nestes tokens, precisa acompanhar de perto o mercado cripto e levar em consideração sua volatilidade, entender os riscos e seu potencial retorno.”, aconselha o analista.