Nesta quinta-feira (17), às 11:27, as ações da MRV (MRVE3) caíam 3,48%, cotadas a R$ 10,26 cada.
O desempenho negativo sucede a divulgação dos resultados da companhia referentes ao quarto trimestre. Seus números vieram contidos, marginalmente abaixo das expectativas, impactados principalmente pelo desempenho mais fraco do segmento Casa Verde e Amarela (CVA).
No que se refere à sua receita operacional líquida, esse indicador apresentou um alta de 11,9%, a R$ 1,9 bilhão no trimestre.
A linha também registrou avanço na comparação trimestral, em 5,8%. A alta foi motivada pelo aumento de vendas líquidas no período.
Já em relação à sua margem bruta, houve retrações de 5,2% ano contra ano e de 3,3% na comparação trimestral, resultante dos maiores custos de construção no período.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia avançou em 60,3% ano contra ano e em 35,8% na comparação trimestral, a R$ 524 milhões.
Sua margem EBITDA também apresentou melhora, se expandiu em 8,3% na comparação anual e em 6,1% quando comparada ao trimestre anterior.
Por fim, a MRV reportou um lucro líquido de R$ 300 milhões de reais, o que representa uma alta de 53,1% ano contra ano e de 81,7% na comparação trimestral.
Diante deste resultado, a companhia registrou um ROE anualizado de 19,8% – uma melhora de 5,9% na comparação anual.
A Levante aposta que a curto prazo as ações devem sofrer uma reação marginalmente negativa em razão desses números.
Para o BTG Pactual, os resultados trimestrais ficaram abaixo das projeções com AHS contribuindo com forte lucro, enquanto as operações de CVA da MRV foram fracas, impactadas pela menor margem bruta e maiores despesas de SG&A.
Essa tendência vista no 4T (forte AHS compensada por margens fracas no programa CVA) deve continuar, na análise do BTG, o que significa que o momento pode permanecer fraco por um tempo, já que o Brasil representa a maior parte das operações da MRV.
"Mas acreditamos que as ações da MRV já estão precificando um cenário desafiador, por isso nosso rating de compra da ação (negociada a 0,95x P/VP), a um preço-alvo de R$ 23.
Matéria atualizada às 11h54 para inclusão da análise do BTG Pactual.